O QUE QUER, AFINAL, UMA MULHER?
 
 
 
Li e ouvi parte do que foi dito sobre a condição da mulher por conta do dia de hoje – Dia Internacional da Mulher. Muitas mensagens comerciais foram estampadas pela imprensa de um modo geral, cada um vendendo o seu peixe e enaltecendo as nossas qualidades. Homenagens e mais homenagens nos  serão prestadas.
 
A emancipação da mulher é um fato e vem avançando e se tornando uma realidade social a partir do séc.XVIII
 
 Hoje a mulher tem livre acesso a vida econômica, social e política do país, graças ao exemplo de algumas mulheres famosas que deram à humanidade precioso patrimônio cultural e pela luta aberta por gloriosas campanhas e cruzadas feministas –
 
No entanto, até hoje, persistem as reclamações quanto a discriminação em algumas profissões - tido como abuso machista - no tocante aos salários, inferiores aos dos homens e também por conta da jornada dupla de trabalho, que muitas mulheres têm de enfrentar. Enfim, é voz corrente que, para atingirmos as nossas reais aspirações, temos ainda muito o que conquistar.
 
E o porquê deste status quo? Quem é o responsável? Nós mulheres somos produtos de uma educação submissa e por conta carregamos no nosso “eu” um complexo de inferioridade que não nos permite de pronto enxergar a "egalité?" Ou será que não estamos querendo, sozinhas, levar o mundo nas costas? Esse sentimento de “mãezona”, de querer tomar conta de “tudo” nos é impingido como vocação atávica ou é um sentimento de responsabilidade auto-imposto pelo bem-estar dos que nos cercam?
 
“O que quer, afinal, uma mulher?” Esta indagação não é minha, é de Freud, que estudou a alma feminina por mais de cinqüenta anos.
 
Se Freud não explica, quem há de...
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 08/03/2010
Reeditado em 08/03/2010
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