É fux ...

‘Há pessoas que chegam às alturas para cometer as maiores baixezas’, frase de Ayres Brito, Ministro do STJ, referindo-se ao presidiário José Roberto Arruda.

Não sei o porquê, mas, a linda frase poética, filosófica, ou sei lá o quê, soou-me como certa fraqueza, incerteza, clamor... Tenho a sensação de que a Justiça, personificada no Ministro, não tem convicção no que faz, que é punir Arruda, conhecido infrator da lei, ética, moral, etc.

A Justiça, evidentemente, não faz a Lei; apenas interpreta-a e cumpre-a. Estaria a Justiça brasileira infringindo-se, ou seja, num afã desesperado de fazer justiça, corta a própria carne e mantém Arruda preso mesmo sem legislação, à reboque, como se diz no Ceará?

Pergunto-me: se foi possível Arruda chegar aonde chegou, com longuíssima trajetória criminosa dentro da vida pública, de onde surgiu tão milagrosa lei que o mantém no devido lugar? Quantos ‘arrudas’ existem no Brasil? As leis são capazes de alcançá-los?

Se as leis são tão confusas quanto à língua brasileira, coitados dos que trabalham na Justiça... Têm mesmo que fazer, diante das câmeras de tv, cara de ‘perdoem-me por eu existir’!

E por falar nisso, nunca mais vi o Fux... Saudades, Fux! Se perguntar não ofende, deixa eu perguntar: em que língua proporás a Reforma Jurisprudencial: língua falada, língua escrita ou língua literária?

Posso falar ao teu ouvido? Obrigado! ‘A língua é tão exata quanto à matemática; e assim deve ser expressa a lei para não ser distorcida por advogados semi-analfabetos e mal-inencionados, muita vez’.

(Viu só, Anilto? Nem um palavrão!)

http://tieteiro.blogspot.com