GAFIEIRA

O “Recanto das Letras” (RDL) foi agraciado com a chegada de mais um cronista (dos bons), o “Gdantas” (Gilberto Dantas), da bucólica cidade de Miracema, Rio de Janeiro, o qual veio com todo o gás.

Recepcionado pela madrinha Maria Iaci, brilhante poetisa brasiliense, que o incentivou bastante, o “Gdantas” já se sente à vontade entre nós e vai mostrando em catadupas as suas criações literárias, fruto de um cérebro privilegiado.

Seu estilo é claro, agradável, típico do “contador de causos”, agradando em cheio aos leitores deste nosso cantinho. Ele publicou uma crônica em 22/01/10, “O artigo 120 dos Estatutos da Gafieira”, cujo tema me fascinou e encheu meu peito duma grande saudade, lembrando dos seus tempos de rapaz boêmio no Rio de Janeiro, conhecendo e desfrutando os primeiros prazeres da vida, entre eles a alegria das gafieiras cariocas e, mais particularmente, o tradicional “Baile do “Bola Preta”.

Eu viajei com o relato do poeta até os salões daquela gafieira, participando mentalmente do baile que ele descreveu, dançando sambas da velha guarda carioca com as mulatas famosas e curtindo bastante as sensações daquele fantástico ambiente.

Pelas novelas da “Globo” eu já curtia muito as cenas dos bailes espetaculares na badalada “Estudantina Musical”, na Lapa boemia, região onde impera o fenomenal dançarino Carlinhos de Jesus que também lá possui uma casa de shows do gênero. Aliás, já dancei no “Circo Voador”, também na Lapa, ao som da lendária orquestra do famoso Maestro Severino Araújo. Simplesmente espetacular!

A crônica do “Gdantas” me remeteu ainda ao verdor da minha juventude, dançando nas gafieiras “Elite” e “Camisa 10”, no “Montanhês”e no “Chantecler”, os salões mais conhecidos de Belo Horizonte, ao som de orquestras maravilhosas como a do Delê, curtindo as exibições dos malandros de gafieira e suas incríveis dançarinas e, naturalmente, aprimorando minha dança. Tempos depois, em São Paulo, freqüentei o “Avenida Dancing” na Avenida Rio Branco, refinando meus passinhos ao som da grande orquestra do Maestro Elcio Alvarez. Bons tempos! ...

Valeu, Gilberto Dantas, parabéns, escreva mais sobre o tema e nos ajude a resgatar a memória dessa época glamourosa de bailes e de festas espetaculares, pois hoje o que sobrou pra rapaziada foi só essa droga do “pancadão do funk” ! ...

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B.Hte., 04/03/10

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 04/03/2010
Reeditado em 04/03/2010
Código do texto: T2119874
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