Observando o agora

Mentes fervilhantes, corações estremecidos, almas borbulhantes. A condição do ser humano é com certeza a pior que se pode conceber, visto o estado de seu universo interior. Compromissos inadiáveis, sentimentos confusos, pensamentos desconexos, atitudes insanas, são alguns exemplos que temos no nosso dia a dia.

Quando converso com as pessoas ouço o ruído de suas mentes trepidantes, querendo expressar qualquer coisa, algo que vem de dentro e que na maioria das vezes, quando acontece mostra-se totalmente pobre de sentido, por que está verde ainda, perdendo de si o poder dado pelo silêncio na observação necessária do agora.

Observar o agora é um estado interior, que deveria ser natural. A vida citadina deixa o ser humano desconcentrado e tenebroso, lúgubre mesmo em suas partes mais profundas, e por isso mesmo sem qualquer fundamento que seja rico em experiências substanciais, pois está ligado ao superficial, por lhe faltar desejo real de ser.

O estado de concentração é natural em toda a natureza e faz parte de tudo no universo. Ao praticarmo-lo estamos retornando ao nosso estado inicial em nossa vivencia espiritual no nosso universo trans-pessoal vivencial, anímico, mental e físico. Assim, abramos as nossas almas, as nossas mentes e corpos para a luz da vida, aqui.