Pequeno conto de enredo indeterminado

Já dizia o poeta: “...mudaram as estações, nada mudou...”

E assim é que por aqui tudo continua como sempre foi, com um toque de novidade e perfume de erva-doce no ar. Contradição? Sim! E como não se contradizer, quando o que quero é não desistir de ser o que sou e ao mesmo tempo mudar para algo totalmente diferente. Difícil? Muito! E talvez o que eu queira seja também o que você quer. E se assim é, por que cada um de nós deseja tanto ‘não-ser’. “Oh, infinito delírio chamado desejo...”

Estas não são palavras de entendimento ou auxílio, são de confusão e dúvida.

Cada um tem sua crônica diária na vida, seus problemas e suas saídas...eu tenho os meus, nem menos nem mais do que qualquer um de vocês.

Assim, nossa vida é – diariamente – um pequeno conto de enredo indeterminado, onde somos protagonistas e coadjuvantes, também espectadores ou diretores de nossas cenas.

Agora, aí está você. Escrevendo – sem notar – mais um capítulo emocionante dessa história particular.

Não há nada que nos torne diferente – nada! Bom, talvez aquela pinta logo ali perto do cotovelo, ou aquela ruga na testa, ou a cor do cabelo! Não, nada disso faz diferença ou fará. Tudo isso é maquiagem, é truque para nos diferenciar dos olhos alheios.

Nós somos mesmo iguais em tudo, porque somos da mesma natureza.

E se todo esse blá blá blá for confuso demais, não se incomode, ninguém será perfeito jamais!

Alexandre Costa
Enviado por Alexandre Costa em 08/08/2006
Código do texto: T211947