Faz frio e pouco fizemos com nossos indicadores
Faz frio, estou deitado e teclando esse texto aqui na minha evoluída máquina de escrever, vulgarmente chamada de "notebook", depois de dormir três noites seguidas muito bem acompanhado com a Cecília. Mulher de prosa fácil e versos contundentes. Resolvi agora ousar mais e dormir com a Clarice, mas com todo respeito, ousar reler seus textos.
Creio que preciso "afeminar" meu humor e o lirismo das minhas leituras, evidente que desejo ficar mais bobo, mas por favor, não venham confundir bobo com burro como alertou minha amistosa e inteligente Clarice.
Pois os burros, já infestaram há muito as cabinas municipais e delegam palavrórios aos sem respeito próprio. De modo que não vale muito gastar dedadas e importuná-los com os desdobramentos imponderados que chegam até aqui por meio da minha máquina de escrever evoluída. Dedurados pelos jornalistas que ainda acreditam e trabalham pela função social do nosso castigado jornalismo.
Incrível, mas tenho pensado nisso... E confesso que começo a ficar receoso por isso. Se até a máquina de escrever evoluiu tanto, porque os executores dessas cabinas pararam no tempo? E continuam ineficientes, barulhentos, pesados e esteticamente ultrapassados... Realmente parecem-se com minha antiga máquina de escrever, só conseguem se mover por meio de dedadas, sabe-se lá onde esperam receber a próxima. Tenho certeza que seus frustrados eleitores sabem onde irão enfiar os seus. Calma gente, pelo menos é certo que a maioria dos indicadores serão usados nas urnas de outubro. Mas claro, existem exceções.