Sexo devastador
Ao terminar o programa do David Latterman começou a viver um momento real de prazer. A superconsciência do humor o levaria a se afirmar como um dos mais clicados cronistas da web. Mesmo que andasse contra ele andasse rondando os senhores das almas com fanatismo idiótico e perseguidor em nome do poderoso amigo imaginário.
Nada mais curioso do que esses filmes adoráveis de sexo que fazem bem aos prostáticos dizendo: o conteúdo é de inteira responsabilidade do autor, nós só fizemos à produção e dividimos os lucros. Mas, vamos em frente. Notou que toda vez que escrevia a palavra “sexo” os números subiam pela internet. Próstata não adiantava, tinha que ser sexo. Tudo exerce um carisma hipnótico como a palavra ou vocábulo: Sexo, Deus. A criação verbal como a verdadeira fábula da criação humana. Acreditem. Nesse mundo artificializado um homem sem Deus é um herói da própria consciência.
O contrário tem sido um empenho do exercício para o autoritarismo diante de tanto desespero inculto. Como se alguma religião fornecesse carteirinha de bonzinho para todo mundo. O objetivo de reformar a vida passa pela necessidade de reuniões (cuidado) e um número muito reduzido consegue se virar sozinho. Ficar com cara de criança distraída por alguns minutos ouvindo histórias do passado remoto e com paraíso no Oriente Médio, além de inquisições e outras fogueiras, garante que o objeto de brinquedo seja você. Você Latterman. Repitam: Latterman, Latterman! Mentalizem o Latterman, sintam um profundo amor pelo Latterman. Abandonem a estupidez do orgulho caso não tenham nada para colocar no lugar senão novas leituras. Antes que todo urânio escape para o Irã enquanto as orações prosseguem para conforto do prazer pessoal.
Sua fixação pelo apresentador estava merecendo um encontro de luz colorida entre vibrações elétricas da televisão na sala escura. Temia ser expurgado da página que já lhe dava oportunidade de saber um número de trinta mil internautas leitores sem que tilintasse nenhuma moeda em seu pobre bolso. Contaria ao David numa revelação de cura de que estava livre graças ao humor. Liberto do fanatismo religioso incrustado em suas veias azuis. (Necessitava dessa ilusão de nobreza e poder para não se sentir um rato de esgoto dentro da humildade). Viveria feliz rindo de tudo, absolutamente de tudo, sem culpar os demônios pelo fato do nazareno ter ficado sem citação humorística em toda a sua biografia política mal narrada. De que vale a fé sem graça? Rezava para que Davi atendesse as preces.
Caso fosse enxotado da página já estava preparado com os federais para atacar. Possuía direito individual e pleno de trabalhar intelectualmente como “ateu praticante” contra o preconceito religioso instaurado pela força financeira neste país. O fanatismo fede a sangue.
A felicidade do Latterman. O riso sábio do velho alegre havia tomado conta dele. Já não ligava mais para o carro na rua anunciando milagres aos cancerosos, aleijados e cegos. Sem que a ciência revelasse o grande mal causado: Aleijados comprando novamente muletas, cancerosos morrendo pela ausência de medicação entre gordas contribuições mensais. Devia essa revelação ao Latterman. O humor do Latterman havia surgido em sua vida como sexo devastador. Estava livre das ilusões pelo humor. É o humor o verdadeiro caminho da inteligência, da luz e da verdade. Liberdade pelo humor graças ao Latterrman.
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E mais: Rindo começaria uma cruzada laica. Cada novo descrente depositaria uma soma em sua magra conta bancária.Brevemente se tornaria o homem mais rico do país e com direito a canais de televisão. Assim ajudaria as pesquisas favoráveis ao milagre real das células tronco, além de conforto a outras tristes indigências.
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