COMO UMA ONDA
Embora tenhamos a tendência de fincar os pés no chão (feito raiz) e temermos qualquer tipo de mudança, sabemos que mudar é preciso.
Não que esta seja uma tarefa das mais simples. Mudar, num primeiro momento, é indiscutivelmente difícil e doloroso.
Mudar de trabalho; mudar de escola; mudar de cidade; mudar de casa; mudar de amor...
Independentemente da situação, encerrar algo com o qual estamos acostumados para começar de novo (de um jeito novo), é, no mínimo, perturbador.
Sabe aquela cena caótica em que caixas e trouxas se amontoam pela casa sem que você saiba exatamente por onde começar, e, perdido, senta-se sobre uma delas e chora? Toda mudança (mesmo a que a única tralha a transportar seja você e o seu coração inseguro) nos põem assim: confusos, ansiosos e chorões.
Dizer que “mudanças fazem parte da vida” é simplista demais. Se for para definir a verdade ao pé da letra, digo que “a vida inteira é feita de mudanças”, mesmo com nossa a mania de querer criar raiz. Mesmo não sendo fácil.
Há dias meu filho anda tendo crises de nostalgia. Irá mudar de escola e iremos mudar de casa. Até para uma criança de nove anos a mudança (neste caso em dose dupla) tem um efeito considerável sobre o equilíbrio emocional e físico. Dizer que ele está deprimido pode parecer piada, afinal, espera-se que os pequenos sintam apenas tristezas passageiras, em meio à alegria constante, mas não acho graça. Deixo que ele chore em meu ombro toda a insegurança que o novo traz e lhe garanto que logo, logo ele irá compreender que tudo na vida passa.
Coincidentemente (ou não), nesta semana chegou aos meus ouvidos a música de Lulu Santos que diz que “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” e que “não adianta fugir nem mentir para si mesmo”, pois ” tudo muda o tempo todo no mundo”.
Assino embaixo da composição de Lulu. Pra que fingir que podemos viver como árvores que germinam, brotam, crescem, envelhecem e morrem num único lugar? Afinal, nem tem graça nenhuma nisso.
Mudar de solo, mudar de ares, mudar de ambiente, é revigorante. Mudar de trabalho, mudar de escola, mudar de amor é emocionante. Acabaremos morrendo certamente, mas, nem Deus sabe onde, como ou com quem estaremos.
Não vou dizer que isto que é moleza. Já tive tempo de aprender a dureza que é encarar uma mudança (seja do tipo que for), mas também aprendi que (como tudo na vida) este desconforto também passa. E, depois que passa, passa a ser confortável demais. Tão confortável que vai criando raiz.
Não! Já combinei com meu filho. Não podemos e nem devemos ficar plantados como uma árvore vendo a vida simplesmente passar por nós. Temos que ser como uma onda no vai e vem deste mar que é viver... “num indo e vindo infinito”.
Embora tenhamos a tendência de fincar os pés no chão (feito raiz) e temermos qualquer tipo de mudança, sabemos que mudar é preciso.
Não que esta seja uma tarefa das mais simples. Mudar, num primeiro momento, é indiscutivelmente difícil e doloroso.
Mudar de trabalho; mudar de escola; mudar de cidade; mudar de casa; mudar de amor...
Independentemente da situação, encerrar algo com o qual estamos acostumados para começar de novo (de um jeito novo), é, no mínimo, perturbador.
Sabe aquela cena caótica em que caixas e trouxas se amontoam pela casa sem que você saiba exatamente por onde começar, e, perdido, senta-se sobre uma delas e chora? Toda mudança (mesmo a que a única tralha a transportar seja você e o seu coração inseguro) nos põem assim: confusos, ansiosos e chorões.
Dizer que “mudanças fazem parte da vida” é simplista demais. Se for para definir a verdade ao pé da letra, digo que “a vida inteira é feita de mudanças”, mesmo com nossa a mania de querer criar raiz. Mesmo não sendo fácil.
Há dias meu filho anda tendo crises de nostalgia. Irá mudar de escola e iremos mudar de casa. Até para uma criança de nove anos a mudança (neste caso em dose dupla) tem um efeito considerável sobre o equilíbrio emocional e físico. Dizer que ele está deprimido pode parecer piada, afinal, espera-se que os pequenos sintam apenas tristezas passageiras, em meio à alegria constante, mas não acho graça. Deixo que ele chore em meu ombro toda a insegurança que o novo traz e lhe garanto que logo, logo ele irá compreender que tudo na vida passa.
Coincidentemente (ou não), nesta semana chegou aos meus ouvidos a música de Lulu Santos que diz que “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” e que “não adianta fugir nem mentir para si mesmo”, pois ” tudo muda o tempo todo no mundo”.
Assino embaixo da composição de Lulu. Pra que fingir que podemos viver como árvores que germinam, brotam, crescem, envelhecem e morrem num único lugar? Afinal, nem tem graça nenhuma nisso.
Mudar de solo, mudar de ares, mudar de ambiente, é revigorante. Mudar de trabalho, mudar de escola, mudar de amor é emocionante. Acabaremos morrendo certamente, mas, nem Deus sabe onde, como ou com quem estaremos.
Não vou dizer que isto que é moleza. Já tive tempo de aprender a dureza que é encarar uma mudança (seja do tipo que for), mas também aprendi que (como tudo na vida) este desconforto também passa. E, depois que passa, passa a ser confortável demais. Tão confortável que vai criando raiz.
Não! Já combinei com meu filho. Não podemos e nem devemos ficar plantados como uma árvore vendo a vida simplesmente passar por nós. Temos que ser como uma onda no vai e vem deste mar que é viver... “num indo e vindo infinito”.