É bom escrever textos sem importância.

Lendo muitas crônicas do Recanto tenho observado que alguns Recantistas só escrevem coisas sérias. Chamo de coisas sérias assuntos filosóficos, políticos, literários e outros.

Eu, no entanto, escrevo quase todos os tipos de textos desde os sérios até os mais banais. Textos banais para mim são textos sem graça, que não ensinam nada.

Meus textos sem graça têm sido muito úteis para mim. Eles são úteis por que os leitores desses textos fazem comentários. E todo leitor que comenta um texto meu, eu leio o texto dele e assim fico conhecendo bons escritores do Recanto. Há um texto meu que eu gosto dele e foi o texto com maior número de leitura e com poucos comentários. O nome desse texto é:

Venha ver o pôr –do- sol. Para escrever esse texto eu tive que pesquisar e achei que tive muito trabalho para escrevê-lo e senti que as pessoas não gostaram dele. Acho minhas trovas bem sem graça, mas através delas fiquei conhecendo uma grande escritora que é Sílvia Araujo Motta. Ela escreveu mais de três mil textos e duzentos e vinte e oito trovas.

Nem todos os leitores dos textos gostam de comentá-los, mas é através dos comentários que conhecemos seus textos. Muitos textos meus foram inspirados em comentários. Por essa razão que devemos escrever qualquer tipo de texto. Sempre há alguém que gosta. O texto não é escrito para nós e sim para o leitor.