Maranhão, a Vergonha da Educação

Maranhão, a Vergonha da Educação

Jorge Linhaça

" Na terra dos Sarney, quem tem um olho é Rei"

Mais uma vez nos confrontamos com a triste realidade da educação no Maranhão.

Chega a ser folclórico o que acontece em Barreirinhas, e não apenas lá.

Escolas semi-contruidas dentro do cemitério da cidade e logo depois abandonadas.

Escolas sem teto nem paredes, salas de aula que são ao mesmo tempo cozinhas com fogões a lenha improvisados para o preparo da merenda escolar.

Pobre Maranhão, do eterno Rei, Sir Sarney, presidente quase vitalício do senado.

Pobre estado da pior qualidade de vida em nosso país.

Claro que o clã dos Sarney não precisa frequentar essa "escolas" ( ? ) públicas que retratam bem o descaso com a educação, com a cidadania e com a vida dos seus habitantes.

Será que é apenas descaso ou, pelo contrário, é caso pensado para manter na ignorância a população mais carente, a massa de manobra eleitoral que pela extrema miséria acaba se vendendo por uma cesta básica em época de eleição?

Claro que quem mal aprende a ler e escrever, por certo não aprende a analisar qualquer texto ou contexto. Tornam-se presas fáceis de discursos bem articulados que não dizem coisa nenhuma, mas que o fazem com uma pseudo erudição que embevece aqueles que veem o "sr doutor" dizer palavras tão bonitas.

Manter a população como um exército de analfabetos, analfabetos funcionais ou semi-alfabetizados é a forma mais espúria de manter seus currais eleitoras produzindo votos para permitir que se continue a mamar nas tetas dos cargos públicos.

Duvido que os filhos dos políticos ou empresários dessas cidades estudem nessas pocilgas com placas de escolas que proliferam no interior do Maranhão e , por certo, em outros locais de nosso país.

Duvido que qualquer um deles passe ao menos pela porta dessas ruínas que fingem ensinar alguma coisa.

Pobre professores, obrigado a pregar velhos quadros negros em paredes onde os pregos nem sequer encontram firmeza para se instalar.

O que dizer das crianças? Heróicas crianças que enfrentan as mais diversas condições para tentar aprender ao menos o be-a-bá.

Pobres crianças, condenadas por serem pobres a serem eternamente discriminadas, sem educação , sem esperanças, sem condições de se aproximarem dos filhos dos abastados.

Onde estão as ONG'S de " direitos humanos" tão preocupadas com os criminosos e a massa carcarária deste país ? Será que é tão difícil perceber que o embrião dessa massa carcerária está justamente na perpetuação desse estado de pobreza educacional?

Será que as prefeituras desses municípios estão tão falidas que é impossível comprar alguns milheiros de bloco e erguer uma escola ao menos habitável ?

Será que os empresários dessas cidades não doariam um milheiro de blocos cada um para que se construisse uma escola com as mínimas condições ?

Onde está o ministério público nessas horas ?`

Por onde anda a OAB?

Ou será que só se ocupam de qualquer coisa que possa lhes dar visibilidade na mídia?

Para onde vão as verbas destinadas à educação que deveriam chegar a todos os municípios ?

Educação pública neste país é uma piada no geral, mas em casos como do do Maranhão, deixa de ser uma piada de mau gosto para transformar-se em pura tragédia.

Torna-se um crime de Lesa Pátria.

Lesa-se o direito à vida e condenam-se essas crianças a uma existencia semi-vegetativa para favorecer a usn poucos privilegiados que os usarão como massa de manobra ou como serviçais pelo resto de suas vidas.

Quando será que daremos um basta a este estado de coisas ?

Quando será que o povo, ao ir às urnas, vai parar de se iludir com os candidatos da burguesia ensandecida , viciada em privilégios e incapaz de olhar além do próprio umbigo?

O fato é que, entra mandato e sai mandato, mudam as moscas, mas a MERDA continua a mesma.

Todos fedem do mesmo jeito. Talvez resida aí o seu poder pois, o povo, acostumado ao mau-cheiro já nem reage ao mesmo.

Nas próximas eleições os mesmos partidos disputarão os cargos mais importantes...os mesmos nomes de sempre...e o pior...o povo vai continuar a empunhar bandeiras como uma torcida de futebol, sem a menor noção ou responsabilidade.

Quem viver verá!

O grande problema é que, depois do " Grande jogo", vamos todos continuar a pagar o carnê do ingresso por, no mínimo, mais 4 anos.

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