Indicadores de Desempenho

Você já reparou que a maioria dos indicadores que o mundo desenvolvido utiliza para medir desempenho está ligado ao “consumo de recursos”?. PIB (Produto Interno Bruto), Balança Comercial, Renda per capita entre outros. Esses índices visam medir “coisas” com o paradigma que, fazendo isso conseguimos melhorar uma situação. A medição é necessária para confirmar que os esforços despendidos na melhoria de algo, tiveram efeito. Esses índices são perigosos, pois comparam muito mais as dimensões econômicas e esquecem as demais dimensões. O Planeta precisa que sejam mudados esses índices com urgência. O mundo deverá criar outros índices e desenvolver novos paradigmas de contabilidade que traduzam algumas intenções mais sustentáveis e harmônicas do ser com o planeta.

Creio que essas mudanças devam começar com a gente de forma individual, ou seja, devemos estabelecer indicadores para nós, que sejam mais inteligentes. Por exemplo: IAM (índice de ajuda aos miseráveis). Esse indicador é calculado dividindo-se o número de pessoas que eu efetivamente tirei da miséria pela minha idade. Um indicador favorável é aquele que der 1,0 ou mais. O conceito aqui é que, como você começa a ter condições de tirar alguém efetivamente da miséria quando já tem certa independência financeira, isso vai ocorrer com uma idade mais avançada, vamos dizer 30 anos. Para que o indicador aponte 1,0 ou mais, você deverá ter tirado mais de 30 pessoas efetivamente da miséria. Sua avaliação para se candidatar a uma vaga de trabalho numa empresa, ou mesmo perante a sociedade é esse indicador. Imaginou se pudesse ser assim?!

Um passo maior seria relativo às empresas. Indicadores como: IMF (índice de moradia de funcionário), ou seja, quantas casas a empresa ajudou seus funcionários a comprarem. O indicador ideal aqui é 1,0, ou seja, o número de casas financiadas pela empresa, dividido pelo número de funcionários. Bom isso!

Mais um passo - a cidade. Um novo indicador para a cidade poderia ser: NAIH (Número de árvores por idade de habitante). É a soma das idades de todos os habitantes dividido pelo número de árvores na cidade. Desta forma, todos os anos deverão ser plantadas muitas árvores. Por exemplo, uma cidade de 500.000 habitantes, em tese, todos os anos deverá plantar 500.000 árvores. Claro que temos que deduzir os que morreram e incluir os que nasceram e mudaram para a cidade. Mesmo assim, pense no que isso pode mudar na qualidade de vida!

Caminhando para o estado, poderíamos ter como indicador o total de lixo produzido versus o total de lixo reciclado. Esse indicador para ser saudável deveria ser igual a 1,0, ou seja, todo o lixo produzido seria reciclado. Mudando o indicador, mudamos os paradigmas. Tudo é uma questão de desejar isso.

Xiko Acis

Filósofo & Consultor

www.xikoacis.com.br

Verão/2010.