Fêmeas

O número de homens e mulheres no mundo hoje é praticamente igual, embora os homens detenham uma ligeira vantagem, com 101 homens para 100 mulheres. Mais precisamente, em 1.000 pessoas, 503 são homens (50,3%) e 497 são mulheres (49,7%). O predomínio de mulheres na população brasileira irá aumentar ao longo dos próximos anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), segundo a revisão da Projeção da População para o período 1980-2050. Em 2008, para cada 100 mulheres havia 96,4 homens. Essa proporção vai se ampliar gradualmente até 2050, quando se projeta que haverá 93,9 homens para cada 100 mulheres. Essa diferença já vem se ampliando ao longo dos anos. Em 1980, para cada 100 mulheres havia 98,7 homens. Vinte anos depois, eram 97 homens para cada 100 mulheres. No mundo e no Brasil, a população feminina vem crescendo e em todas as projeções ultrapassará a população masculina em breve.

A pergunta é: Por que isso vem ocorrendo de forma tão acentuada como nunca antes observado na história da humanidade?

A resposta para essa pergunta está na observação da biodiversidade do Planeta. Sempre que um sistema biológico fica “doente”, a natureza começa produzir mais fêmeas para que haja preservação da espécie naquela biodiversidade, dado que o macho pode ser responsável pela fecundação de várias fêmeas e por isso um volume de machos maior seria desnecessário.

Se o planeta, a natureza, o universo tem um propósito de preservar determinada espécie, ele o fará colocando mais fêmeas do que machos em seu ambiente. Eu acredito nisso também para os humanos, ou seja, a espécie está com sérios problemas e a natureza, sabiamente, está “produzindo” mais mulheres do que homens para preservação da espécie humana.

Além do aquecimento global, mudanças climáticas, tsunamis, terremotos etc, que já fazem parte do nosso dia a dia, ainda há sérias complicações tanto da natureza em si como do próprio ser humano que, convenhamos, não vem ajudando muito na preservação da espécie. Assim, ligando uma coisa à outra, ou seja, o nascimento de mais mulheres induz a pensar que estamos à beira da extinção.Temos que reparar nos sinais que a natureza nos mostra. Era assim nos primórdios da humanidade. Tínhamos essa habilidade extremamente desenvolvida e conseguíamos “conversar” e entender quando um sistema estava agonizando. Perdemos isso e vamos pagar um preço alto por este distanciamento. A sensibilidade das mulheres poderá fazer desse novo ciclo que se aproxima talvez um ciclo virtuoso. Elas serão a maioria do planeta por um bom tempo.

Xiko Acis

Filósofo & Consultor

www.xikoacis.com.br

Verão/2010.