VIÚVA DE COMPUTADOR.

A viúva do computador foi objeto de artigo de João Ubaldo em uma de suas crônicas dominicais em "O Globo".

Fala de seu avô e de seu horror de uma tomada elétrica e mesmo de uma pilha e chega ao computador, e fala das viúvas do computador, ou seja, perderam seus maridos para o computador.

Esqueceu de dizer que já estavam perdidos, já eram viúvas fazia tempo, pois quem se entrega como a uma “escolinha” infantil a qualquer “mania”, os propensos aos vícios de hábito, escravizados e limitados, já morreram para o mundo, só não sabem, suas enormes limitações não permitem...a conscientização.

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E diz Ubaldo: “Outro dia, uma conhecida nossa, dona de casa, perguntada sobre o que fazia disse: sou viúva de computador. Uma CW, Computer Widow or, as the case may be, Widower. Já é classificação internacional. Você chega e diz “sou uma CW” e todo mundo entende logo que seu marido não pode vir porque está reconfigurando o Word, ou coisa assim. Mas a batata deles está assando”.

Ubaldo tem razão, só eles não percebem a batata esquentando, assando!!!

Gosto de seus artigos, o mesmo não posso dizer de seus livros.

Em “Diário do Farol”, sua última obra, crítico literário assim se pronuncia sobre Ubaldo, deixando eu de assinalar suas observações sobre seus hábitos etílicos, também lançados:

“O narrador é anônimo, assim como seus pais. Os locais são precariamente definidos, e o que lhe interessa é contar sua história sem maiores dispersões. Directo e objectivo: eis seu modo de escrever. Abomina não só as entrelinhas, mas quem as procura (pág. 236). "Exige" crédito em cada facto narrado, narrativa esta entremeada de trechos nos quais se dirige sem cerimônia ao leitor, muitas vezes ofensivamente: "... se você não for realmente muito burro ou burra ..." (pág. 235).

Nada se compara, ao meu gosto, em literatura nacional moderna ao Erico Veríssimo, aponto só o maravilhoso “Incidente em Antares”, para não cogitar de toda sua fantástica obra.

Como memorialista temos em Pedro Nava um expoente. É difícil pinçar nomes na nossa literatura embora riquíssima.

Realmente Ubaldo é pesado em seus livros, gosto de suas críticas políticas, só me incomoda seu vai e volta no jornal “O”Globo”, ora tomando posições políticas de uma forma, ora recuando, se penitenciando, etc, o que não aprecio.

Nesta crônica chama a atenção para um vício que ajuda e atrapalha; os viciados em internet que vivem exclusivamente para isto, coitados.....

Só se esquece Ubaldo que muitas vezes os que “reconfiguram” febrilmente, limpam e relimpam os computadores”, não têm outra opção, é distração exclusiva, mania, e o computador foi uma pequena salvação para muitos, felizmente, que já estavam imobilizados por motivos diversos, mas tem razão em que:

No relacionamento tudo está sendo preparado ou já planejado para o futuro; A BATATA ESTÁ ASSANDO.......

É SÓ OBSERVAR O QUE OCORRE A SUA VOLTA......

Tenho um amigo falecido, marchand, que tudo sonegava da mulher e de suas aspirações legítimas.

Com dois meses de seu falecimento já passeava a viúva pela Europa, tendo vendido todos os quadros de arte de primeira linha que ele cultuava e guardava com extremo zelo.

Vendeu todos e foi correr mundo, embora com idade.

É isso aí, se não se vive a vida outros vivem por quem não viveu.

É a batata da vida que esquenta se fria estava ou as mulheres, viúvas de marido vivo, vão esquentando aos poucos, para comer depois. E COMEM MESMO.....

MAS JÁ ERA VIÚVA ANTES DE SEU FALECIMENTO...........

Só não vê quem não quer............OS LIMITADÍSSIMOS.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/03/2010
Código do texto: T2116032
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