O Sagrado dentro de mim
Quem está vivo sente a necessidade do lado religioso, que é parte importante na vida de todos.
Pouco importa a religião. O que é necessária é a espiritualidade. Deus- Criador é um pouco distante, Deus castigador, mais ainda. Ninguém pode afirmar que Ele existe. Também não pode afirmar o contrário.
Não gosto de teologia nem de teólogos; nada tenho contra eles, mas discutir o que não se sente nem se vê é complicado. É tudo vazio, não se tem uma base, embora, repito, entendo ser a necessidade espiritual muito forte na psique humana.
Vou ser direto. Se estou numa cadeira e em cima da mesa tem um lápis, caso ele caia no solo sou capaz de dizer exatamente com que velocidade caiu, basta de saiba a altura da mesa. Pode ser um peso de dez quilos, ou quantos imaginarmos. Todos se chocam no solo com a mesma velocidade, segundo a equação física da queda livre: a velocidade de um corpo em queda livre é igual à raiz quadrada de duas vezes a gravidade multiplicada pela altura. A velocidade é dada em metros por segundo. E não se discute, basta verificar. Se a altura da mesa é de setenta centímetros, a velocidade com que o lápis toca o solo é de 3,704 m/s.
Com a filosofia e especialmente a teologia, o fato é diferente. O que verdade para Ratzinger não é para Tomás de Aquino. Ou para o Arcebispo do Rio de Janeiro. Ou seja, a confusão está armada. E nesta confusão, perde-se totalmente o conceito do Cristianismo original, hoje todo deturpado pelas autoridades eclesiásticas, ao longo do tempo.
O que eu respeito é o sagrado que vive dentro de mim, apontando-me o Bem. Ainda não foi entendida, por tantos, a frase do Oráculo de Delfos: “Invocado ou não invocado, Deus está sempre presente.”