NO MEU TEMPO!
 
 
No meu tempo de infância eu me perdi entre as bonecas de pano, os carrinhos de rolemã, noites iluminadas apenas pela luz da lua. Quase que um luar do sertão. Lindo!
 
No meu tempo de adolescente, de encontro à rebeldia, lutei contra a falta de oportunidades, característica marcante das cidades pequenas, brigando – sempre em desvantagem – com meu pai, severo, e meus sete irmãos homens - todos cobras criadas.
 
No meu tempo na cidade grande – ainda adolescente, aos vinte anos – desvencilhei-me dos devaneios, porque precisava ser forte e realista. Lutava por meus sonhos, o tempo urgia, corria muito rápido – cada vez mais curto. E eu, com tanta coisa ainda a ser concretizada. A vida se resumia em trabalho – universidade. A sobrevivência em primeiro plano. Mas encontrava tempo para amar.
 
No tempo de hoje, passados tantos anos de lutas, desencontros, sonhos realizados – outros postergados, alguns deletados – concluo que o meu tempo é agora.
 
Um tempo em que vivo a maturidade da vida, usufruo da experiência adquirida – no meu tempo louco – seleciono os meus amigos, as minhas prioridades e, até os meus amores.
Que os vivi... Muito bem vividos, nada a dever a mim mesma, nem aos meus sonhos e quereres.
 

 
Este texto faz parte do Exercício Criativo

- No Meu Tempo -
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