BRABEZA
BRABEZA
Na metade do século 20, quem se embrenhava pelo estado de Goiás, hoje norte de Goiás e Tocantins, não muito raro defrontava com algumas cabeças de rebanho (vaca e boi) de raças simples, “curralheiros” em geral. Tendo em vista que até então não havia sido introduzido outros rebanhos por aqui. Eram resquícios de criações desgarradas das poucas fazendas e reprodução de exemplares perdidas pelas bandeiras.
A cor do exemplar aqui citado foi flagrada pelo autor em suas andanças pela região em companhia de seu pai a procura de investir em terras na região.
O exemplar preto sitado na estória, tornou-se bela, não por sua cor escura, mas sim pelo brilho de liberdade.
Essa espécie foi extinta pelos posseiros, muito comuns na região, e necessitavam da carne para sua escassa alimentação.
Poucas cabeças foram domesticadas devido o estinto selvagem por eles desenvolvidas.
Investiam sobre as pessoas, derrubavam cercas e currais, e corriam soltos pelas campinas e matas. Por essas qualidades natas os posseiros simplesmente os chamavam de: "Brabeza"...
GOIÂNIA, 28 de fevereiro de 2010.