NÃO EXISTE HEGEMONIA RELIGIOSA. O BEM É DE TODOS.

HEGEMONIA RELIGIOSA. O BEM É DE TODOS.

Tenho como escola “o sei que nada sei” para “tentar”, sempre, melhorar, ser menos absolutamente imperfeito, como sou, tendo disso consciência.

Coisa difícil, melhorar, nos recolhermos as nossas insignificâncias.

Não julgarmos, não temos esse direito, só os têm os julgadores institucionais.

É difícil não olharmos com olhar de reprovação, por exemplo, para a indiferença, a total falta de amor humano, por causar e dar trabalho por vezes ou quase sempre, exercer a paciência e tudo mais, o que fazemos se temos amor, cuidado e desvelo.

Minha mãe e minha sogra, em suas ancianidades, deram muito trabalho para nossas famílias, mas foram cuidadas por serem integralmente amadas e é esse meu olhar de censura para quem assim não se comporta; nisto estou errado, que se entendam com a Suprema Energia, já que creio, consciência nunca tiveram.

Precocemente me afastando do exercício do julgamento institucional, nele começando muito cedo, nos últimos dias de meu exercício vi uma mãe “despejando” do imóvel de que era proprietária, sua filha e sua neta.

Me reciclo, me reciclo, me reciclo, valha a reiteração, mas não consigo deixar de deitar esse olhar de censura que eu mesmo julgo indevido e reprovo, principalmente em caso como esse que como pessoa não podia interferir.

Mas, sofre-se para exarar uma decisão reconhecendo esse direito, formal, mas imoral e aético.

Passei uma parte de minha vida decidindo, institucionalmente, o problema, o conflito dos outros, dizendo, o que segundo a lei seria o certo, o correto segundo minha interpretação ao caso concreto.

Tive dificuldades com credos que pela minha convicção alteravam a ordem pública professando princípios que contrariavam e contrariam a ordem pública, a lei que obriga a todos, princípios definidos na lei como contrários a condutas exigidas, o que até hoje me faz ser considerado por essa posição em teses acadêmicas de mestrado, por vezes sonegando dados, prevalecendo os credos em exercício, por garantia constitucional ao meu sentir violada.

Vi tudo o que se possa situar como conflito humano, áspero e duro de descrever, e mesmo casos rumorosos que a mídia noticia no âmbito penal se apequenariam.

Considero tais fatos por divisar que nenhum credo tem o direito hegemônico sobre o bem.

Quem professa o bem do semelhante, não contraria a lei de convívio, quem não explora a crença do incauto, quem realmente faz e busca a caridade, deve ter assento na mesa que se dirige à bondade independente de crença ou credo. O homem nasce inocente, é bom por natureza, basta cultuar e cultivar sua origem de bondade.

Cristo e qualquer movimento Cristianizador ou não devem obter o respeito de todos, sem ofensas e reprochabilidade.

Vê-se e lê-se, principalmente na internet, investidas às crenças que nada mais fazem que promoverem o bem, a caridade, como o Espiritismo.

Por quê? Qual o direito de invadir a seara de quem propaga o bem e a caridade? E diga-se, Cristo ressuscitou e reencarnou para se mostrar aos apóstolos. E templos, repito sempre, Jesus Cristo só se irritou uma vez, quando entrou no Templo, na Igreja, o que ocorreu a única vez que lá entrou.

Que grande diferença faz hostilizar quem prega a caridade acima de tudo, em nome da prevalência boba desse ou daquele ensinamento hegemônico?

Qual o proveito quando os Papas buscam o ecumenismo e os credos por seus primeiros dignitários se aproximam?

É preciso respeitar quem merece respeito, e todos os credos que professam o bem, como os movimentos de âmbito mais filosófico do que religioso, precisam obter esse respeito.

Ética e moral são fios primeiros condutores de filosofia e religiosidade.

ISSO É O QUE IMPORTA!

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/02/2010
Código do texto: T2111225
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.