A fé que move!

Em algum momento da vida, deparamo-nos com pessoas nos pedindo alguma espécie de ajuda. Esses pedidos, por vezes chegam de forma simples, sutil, quase desapercebida. Uma palavra amiga, um consolo, um tostão, um prato apetitoso, uma roupa emprestada, uma explicação de matemática, talvez. São pequenas ajudas, que fazem diferença à qum solicita, mas, que ao solicitado em nada altera, de tão simples.

MAs, tambem há casos em que a ajuda, deixa de ser apenas uma ajuda, passa a ser angústia, dor compartilhada.

Acredito que o maior exemplo dessa experiencia, quem vive são os sacerdotes das religiões afro descendentes.Por décadas a fio, esses sacerdotes foram e ainda são vistos como os "salvadores da pátria", como Deusess, que por estarem ou acharem que estão tão próximos aos Desuses, poderiam intermediar e até mesmo modificar o destino de cada um.

Emprego, ( o primeiro do rank dos pedidos), amor eterno, saúde, são os pedidos mais comuns, nas filas de atendimentos e consultas nos diversos templos de Umbanda e Candomblé espalhados pelo país, o que tambem encontramos em número tambem elevado nos templos católicos, evangélicos e de qualquer outra crença. Acontece, que diferente dos templos cristãos, onde o fiel, leva sua carteira de trabalho para ser ungida, apresenta a roupa do amado para o pastor rezar, ou acende velas de seu proprio tamanho para curar um mal esperando com paciencia que o Criador atenda suas preces ou orações, nas casas de axé, o não tão fiel, espera que o sacerdote resolva seus problemas com a rapidez que a sua vida exige. Afinal, ele "incorpora" entidades mágicas, poderosas, afamadas. E é aí que a "porca torce o rabo". Por vezes o sacerdote tambem espera o mesmo. Que a sua "entidade", solucione o caso do nescesitado, que a saúde se restabeleça, que o amor volte, que a Loteria seja acertada.A essencia, a palavra amiga, a simples baforada de fé e esperança, não são mais aceitas. Não basta apenas, acreditar que de alguma forma seus pedidos serão atendidos, e por vezes,por muitas vezes sequer chegarão ao destino. Seus méritos são parcos para tamanha graça pedida. Não foram esses os caminhos pré -traçados. Isso não basta para que o sacerdote e o quase fiel, compreendam que quem auxilia, quem socorre, quem provem neste ou naquele Templo, nesta ou naquela denominação, com esta ou com aquela forma de cultuar é a fé.MAs, o que vemos são transferencias de fé. Adeptos, simpatizantes e curiosos, que buscam num sacerdote a soluçaõ de seus problemas, sem se importar a quem ele , o sacedote, vai pedir.Contanto que consiga. E da mesma forma, o sacerdote vai em busca da soluçao, ansioso para que ela apareça, pois, somente dessa forma, sua imagem será zelada.

E a ajuda chegará, ou não. Ambos estarão ali, compartilhando a angustia da espera.

axé!