O próximo bug
De simples eletrodoméstico o computador tornou-se composto de pura ostentação. Tenho certeza de que esse computador não passa de máquina datilográfica acrescida com habilidades do tipo receber e criar mensagens. Em casa ele se iguala as pessoas que se deslocam para o mar, levando em consideração que a grande maioria não sabe nadar, quanto mais navegar. Navegar nem se fala nesse sujo oceano interminável de trivialidade pura. Pois o mar da “bananização” está entupindo de modo escorregadio e pegajoso a verdadeira utilidade dessa grandiosa máquina. Tal emprego idiota do aparelho provocará o próximo “bug” a qualquer momento e de modo irremediável.
Há poucos dias num cyber, aqui nessa cidade costeira, enquanto tentava vaga para elaborar “upload literário”,* posto que libertino, espieii pelo ombro da internauta e ela estava enviando mensagem sobre pulgas do cachorro, relacionando-as a bits, que ela escrevia “vits” e pulavam. Essas coisas nos levam ao enlouquecimento global que vai se encaminhando célere antes do aquecimento completo.
Pisiquiatras disseram se tratar de severo “desvio de conduta de máquina” servindo a banalização da comunicação, é claro, imenso problema entre questões sérias, algumas até de profundo interesse humanitário. Logo os cientistas compreenderão que o computador tornou-se o vírus da internet. Que as legislações escamotearam esse universal e torpe erro de utilidade, apagando lapsos ordinários de uso comum como “e-mails" para pulgas de cachorro. Inadvertidamente alguém poderá criar uma combinação terrível de teclas e comandos enquanto suja o monitor com “catchup” expelido do cachorro-quente. Deste modo o “bug” será consequência imediata dos deslizes, mesmo que a Google ganhe dinheiro com eles. A grande maioria humana além de ganhar informações caseiras sobre insetos daninhos, coceiras e até graves endemias, ainda poderá ser culpada de suposto apagão geral da tecnologia. Mundo cão.
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*Todo mundo é atualmente um Ledo Ivo na web, salvo engano, porque agora ninguém mais vai à praia enquanto intelectual... Vai até a web bar e bebe. Quer dizer: intelectual não vai à praia, vai para web-bar e bebe. Imaginem o "bug" sem falar de outras coisinhas.