ELEIÇÃO DE MÃOS DADAS

Há aproximadamente dez eleições que eu faço esse mesmo trajeto de mãos dadas com o e amor no dia das eleições.

Hoje não eu vou só matutando com os meus botões por que idílio lindo está dando errado. Talvez a velhice trouxe o enfado mutuo. Vamos debitar o fato ao enfado.

Quando desço a rua Treze piso em uma eca de cachorro, como sempre isso acontece à gente sai mancando, não dói nada mais à gente sempre manca. Avistei do mesmo lado da rua em sentido contrario uma linda cachorra boxier marrom sendo conduzida por uma senhora não menos linda do que o animal, ai pensei porque elas fizeram eca na calçada da rua?

Não, estou fazendo pré-julgamento deve ter algum candidato que fez isso. As calçadas sujas de santinho deles por todo o lado. Porque na Democracia fazem tanta sujeira? Não e preferível uma democracia suja de que mil Ditaduras limpas. Deixa como é que está para gente ver como é que fica.

Cumpri meu sagrado dever de cidadão dando um voto decepcionante é melhor de que um voto caloteiro. Explicações no artigo de nome IRIS ARROGANTE.

Quando volto para casa emocionado com os novos viadutos e outras moedas como asfalto, casa própria, escola, consultas médicas, internet e tal lembrei-me de nossos descobridores que sempre faziam escambo nos dando espelhos, assovios, lamparinas em troca de ouro, madeira e pasmem de nossas mulheres. Conclui em quinhentos anos a mentalidade política continua a mesma: SUJA.

Ao me aproximar do local onde pisei na eca da cachorra, agora tenho certeza do sexo, resolvi andar no meio da rua, bem dentro daquela faixa continua que nas esquinas sempre indicam que por ali é proibida muita coisa, inclusive loira burra passear com boxier.

Mas andar no meio da rua não é perigoso? Não hoje dia de eleições os comedores de pequi fazem outra cagada.

Chegando em casa repenso na diferença dessa eleição, pela primeira vez voto sem ir e voltar segurando a mão do meu amor.

Goiânia, 25 de fevereiro de 2010.