ALMA DERRUBADA
ALMA DERRUBADA
Logo após o despertar fala-se tanto de minha que conseguiu derrubar a minha alma.
Após um ligeiro café com leite, ou melhor, muito leite e pouco café, ou seja, leite até na risca do copo americano e pinga café que já é adoçado, opção da padaria, e como não resta outra assim eu degusto.
Quando acordei do sono noturno “Rivoltrizado”, vi a minha energia ainda aprisionada e depois da rasteira que minha alma tomou, resolvi descansar o esqueleto no sofá da deliciosa sala de minha vivenda.
Porque derrubaram a minha alma?
Pelas milhares de culpas induzidas a mim aos deslizes da vida material.
Aproveitando os resquícios do sonífero ainda no meu sangue peguei de novo em uma leve soneca.
Levitando no espaço vazio minha alma revitalizava-se, dava cambalhotas de felicidade ziguezagueando por recantos indefiníveis por tanta beleza.
Desviava-me de milhões de objetos, milhões não bilhares, ( bilhares não são jogos de sinuca?) , desculpem-me bilhões, que diariamente são destruídos e como fênix ressurgem sempre do nada.
Ah então você fala que ele vem de um Criador? Não nada nesse sentido equipara-se ao castigo de Sísifo e Criador por mais que se preze faria obra tão inútil.
Bem vou aproveitar que minha alma derrubada ainda não se transformou em espírito e voltar para a deliciosa sala de minha casa, a fim de curtir minha alma derrubada onde é ainda o melhor lugar do mundo para faze-lo.
Goiânia, 22 de FEVEREIRO de 2010.