Visitar Paris e Tocar Estrelas



Esta semana aceitei um convite: vou à Paris. Nunca almejei visitar a Europa, mas é inevitável levar-se pela fantasia que uma visita ao velho continente provoca. Fiquei meio inebriada com essa idéia, com essa possibilidade, com mais este horizonte aberto em minha vida.

Esta semana também toquei uma estrela. Indescritível a sensação de tocar estrelas. Ainda mais quando é uma estrela tão desejada.

Não, caro leitor. Não estou delirando.

Estou falando de uma paixão que me domina há alguns anos e que agora começa a dar seus frutos. É um grande amor que me daria prazer mesmo que solitário e incompreendido, que dirá valedo-me estrelas ou visitas à Cidade Luz?

Certo... Deixemos de enigmas. Ainda que embriagada de alegria, não tenho mesmo porque continuar com essa conversa de bêbado.

Voltemos um pouco no tempo. Em novembro uma cara amiga falou-me de uma editora, que faz um belo trabalho de divulgação de textos de ilustres desconhecidos, como é o caso desta pessoinha que aqui escreve. Mensalmente, são selecionados cerca de cinquenta contos e cem poesias, para comporem coletâneas em tiragens de 3000 exemplares.

Despretenciosamente, enviei um texto para cada uma das coletâneas e, quando ambos foram selecionados, fiquei mais feliz do que cusco em churrasco. Seria minha primeira aparição em preto e branco. Sabem o que é isto para alguém que nunca havia publicado?

Em dezembro, comi mosca e esqueci de me inscrever, mas fui selecionada novamente em janeiro. Alegria dobrada. Aumentada ainda pela publicação de um de meus poemas no jornalzinho deles, primeira página. Faltava a estrela. Ao atingir cinco mil leituras nas três últimas edições, os escritores recebem uma estrelinha ao lado do nome, no site. Segunda-feira, ao ver meu nome selecionado para a coletânea de fevereiro (OBA!!), qual não foi minha surpresa? Lá estava ela, a bendita estrelinha. Façamos as contas: cinco mil leituras, em quatro textos. Se somar meus cinco textos mais bem lidos, desde que entrei no Recanto das Letras em março de 2008, não dá isso. São mil duzentas e cinqüenta leituras por texto. Somadas as edições impressas e... Uau! Virei best seller.

Sei que parece muito cacarejo para pouco ovo. Mas para mim, escritora amadora, quase iniciante, qualquer par de olhos que me visite merece sentar-se em meu sofá, pôr os pés na mesa de centro e esperar o cafezinho com pão de queijo quentinho, assado na hora. É um prazer enorme recebê-los.

Ah! E quando um desses leitores faz um sedutor convite, então? Ir à Paris... E em francês ainda por cima!! Nossa!!
Claro que eu não vou pessoalmente à França. Quem vai é apenas um trecho de um texto meu. Claro que isso ainda é apenas um projeto. Em palavras dele, um trabalho cujo objetivo é levar aos estudiosos e amantes da língua e cultura francesas, uma mostra de nossa literatura. Então posso me considerar uma amostra, algo assim, capaz de atrair alienígenas ou ser traduzida para o francês, língua linda onde até palavrão tem glamour?

Tocar estrelas e ir à Paris. Estou toda feliz! Estou radiante! Rindo à toa e de orelha à orelha. Desses sorrisos bobos e rasgados que, se derem um tapinha na minha testa, a cabeça cai pra trás.

E é tanta alegria que não cabe mais em mim. Precisava compartilhar com você, meu leitor e amigo... Então aqui estou, de portas e coração aberto. Sente-se aí, fique à vontade.

A propósito: se quiser me ajudar a conseguir uma estrela dourada (50.000 leituras em um ano), que tal visitar meus textos das coletâneas de fevereiro lá no site da editora? Os endereços estão disponíveis na minha página pessoal:
http://www.encantodasletras.50webs.com/nena.htm

Não tenha pressa... Enquanto isso, vou passando um cafezinho e assando uns pãezinhos de queijo. Que tal?