Morangos com Chantily.*
A festa, os passos dissonantes e a queda. A solidão seguida da perplexidade. O tudo envolto em trapos. A cor dando lugar ao nada.
O mergulho profundo e o caos. Chicotes na própria carne lavada com água morna e amor, pois que só o amor cura.
Mas o fundo do poço é mola e um feixe de luz atravessa a cortina.
A frase vinda de fora chama a atenção e as mãos abrem a janela.
O sol invade a vida de forma absurda e o riso fora de hora é um espanto, mas também um aviso da alegria subterrânea.
No meio tempo a vontade é lúcida e a ternura acompanha a saudade para aplacar a dor. Borrões ganham contornos nítidos. Visões do inconsciente?
Verdades benignas e "ais". A frase na ponta da língua e não dita. Não cessam as indagações, por isso cultiva a paciência. Quem sabe assim a vida lhe trará discernimento com chantily?
* Título inspirado em Inteligência Emocional de Daniel Goleman.