A cabeça

- essas são as mãos que derrubam sua confiança.

-essas são as botas que chutam a sua bunda.

-esse é o rosto que nunca muda.

-essa é a voz que não se cala mais.

-esse é o deus que não é tão puro.

-esse é o deus que te deixou na mão.

-esse é o mundo esquecido.

- esse é um teste de carne e alma.

- essas são unhas que arranham as cicatrizes.

-esse é o olho que você não encara.

- essa é a doce dor da ilusão.

- esse é quem você não conhece.

- nefasto eu sou.

- raiva eu tenho;

- ódio.

- esse é o dia que nunca chega.

- essa é a voz que não se cala.

-essa é a lua de saturno.

- esse é o dia em preto e branco.

- esse é um ser sem algo.

-esse é o buraco.

- esse é o mundo.

- esse é algum tipo de monstro.

- esse monstro vive.

- esse é o pé que te chuta para fora.

- este é o mundo frio em qual não consigo dormir.

- este é o ollho que te congela os ossos.

- está é a face de um procurado.

- este é um deus falho.

- está é a raiva.

- isto é algo.

- isto é o sentimento sem nome.

-isto sou eu.

Sento em minha cadeira de balanço e sinto uma brisa fresca nos meus cabelos brancos, olho para baixo e admiro meu piso de madeira inglesa, agora o tédio chega e quero fazer algo entretanto, o mesmo algo me impossibilita, respiro e ouço meu peito e o catarro parece mais denso, levanto e sinto irei ligar minha lareira e observar os seres que vivem nas labaredas, ali estavam todos aqueles monstros que me assustavam na infância o bicho papão,o velho do saco,a bruxa de rozental e os meus sentimentos mais sombrios reluziam e refletiam no brilho dos meus olhos, o fogo me queimava vivo e antes que ele me consumisse decidi sair da hipnoze que me causava, ergui a cabeça obeservei meu sobretudo e meu chapéu eles estavam pendurados no cabide perto da porta de saída, poderia também ser a de entrada a escolha seria sua, eu prefiria enxergar ela como a saída deste lugar isso me aliviava poderia fugir quando alguém me encontrasse ou tirasse minha máscara e roupas fictícias, quando alguém entrasse pela lareira eu teria a porta, essa porta me levaria novamente para o mundo real, aliás o seu mundo.O vento frio que antes era apenas uma brisa agora se torna forte e ameaça a apagar o fogo que queima ali dentro e começo a me assutar pois não consigo controlar uma coisa assim isso faz eu sentir algo desgradável, uma tempestade vem vindo mas, não é uma qualquer, é daquelas que a chuva não molha apenas cria uma intensa neblina onde você não consegue enxergar seu próprio rosto, nesse lugar você perde a razão, apenas alguns dos seus sentimentos escondidos ficam com você seus pesadelos se tornam reais, a sala onde estou vira de cabeça para baixo ando pelo teto, rachaduras aparecem na minha máscara, não tem outra solução está chegando ele vem vindo, meu mundo virou, estou sendo julgado pelos pecados e torturas que cometi, meus sentimentos estão matando a mim estão vivos e eles vem,apenas um tolo não veria isso.Corri em direção a porta agarrei meu sobretudo o vesti como uma armadura sagrada do tempo da tavóla redonda, vi meu chapéu coloquei como um elmo de aquiles, minha bengala era minha escalibur, chutei a porta com toda força que tinha guardado nesses anos, do lado de fora o branco pacífico da neve cobria os pinheiros e os leões de mármore os meus sentimentos estavam a minha volta e agora a guerra iria começar e única coisa que tinha eram as minhas armas contra um exército e este não era comum, eles não precisavam de armas para te matar, aliás eles não querem nos matar apenas nos mudar.

Gilmar Elric
Enviado por Gilmar Elric em 20/02/2010
Código do texto: T2097423
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