Você pode passar a vida dando satisfações, explicando o óbvio, repetindo e repetindo seus motivos.

Com sorte e se estiver atenta percebe que isso acontece sempre com as mesmas pessoas. Aí você desanima, cansa, e se sente literalmente exaurida.

Mas, ainda com mais sorte e mais atenta, um dia você finalmente percebe que quanto mais satisfações você der, mais será cobrada; quanto mais explicar o óbvio menos será entendida e seus motivos, convenhamos, são seus.

É então que você se dá conta de que faz tudo isso a quem não importa realmente. Ou melhor, a quem na verdade não “se” importa e cobra por cobrar; contesta por hábito e, na verdade, não está nem aí com o resultado final.

Se a ficha caiu, ponto para você!

Mas você ganha mesmo, e de lavada quando percebe que:

Quem realmente importa não pede satisfações, enxerga a atitude;

Não espera explicações, a compreensão está no olhar, e, mesmo que seja dada, não será explicação, mas abrir a alma;

Comungar a vida;

Repartir o que parecia indivisível;

Dar o que nem sonhava ter;

Receber o que parecia inalcançável;

Ser abençoada sem ver o gesto;

Mas, se não for assim, levante, dê um sorriso e caia fora.

Afinal, você merece.


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