O melhor amigo da onça- Giselle Sato


Estou cansada de ser enganada: do vendedor de amendoim fresquinho, com gosto de ano passado ao melhor amigo da onça. É um problema geral, o aumento de golpes e decepções é alarmante.

Quando permitimos que pessoas nocivas entrem em nossas vidas, corremos o risco de pagar um preço altíssimo. Infelizmente ninguém traz um rótulo pregado na testa, então é inevitável que enganos aconteçam.
O velho ditado:  errar é humano, persistir no erro é burrice, deve ser levado ao pé da letra
.
Mas como todo ser humano, costumamos sempre achar que não há mal algum no pior dos vilões sob a máscara de cordeiro. Coitadinho está tão diferente, coitadinha é tão boazinha, vamos dar uma segunda chance, uma terceira, uma quarta... e na sexta a ficha cai: Nada mudou!

Estar vivendo uma situação,  onde o insuportável é o limite, entorpece os sentidos. Momentaneamente ficamos cegos e confusos. Principalmente porque lidamos ao mesmo tempo com o peso da culpa e a conseqüência do engano.

Mil vezes uma boa hora de praia! Calma! Morte  é um pouco demais, estes ditados são tão dramáticos!

Genericamente falando, o mundo sofre as mesmas dores, tem um monte de gente sendo enganada  por sorrisos gentis, promessa vãs, castelos de areia, o tempo inteiro. É um otário por minuto.

Respeito. Eis uma virtude, que deveria vir arraigada aos genes, de cada ser: respeito por si e pelo próximo.

Caráter. Muitos nem sabem o que significa, é uma palavra antiga,  mas que nunca sai de moda. Não vendem, se adquire, lapidamos desde o berço, ganha proporções de acordo com o complemento: dignidade

Amor.  Vai além do egocentrismo, é generoso, farto, cobra  o respeito e sugere ao caráter: aja com consciência e dignidade.

Tolos são os que não enxergam, vivem na ignorância e freqüentam o próprio umbigo. O mundo é muito, muito mais... O importante é o momento presente, agir hoje de olho no futuro. Afinal de contas,  ser otimista é marca registrada do brasileiro. Bola pra frente.


Dois pontos e um travessão. Esta não é uma crônica de auto-ajuda, tirando despachos e violência física, aceitam-se sugestões.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 18/02/2010
Reeditado em 18/02/2010
Código do texto: T2092929
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