"A INÓPIA E A OPULÊNCIA" Crônica de: Flávio Cavalcante

A INÓPIA E A OPULÊNCIA

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Estas perguntas que o ser humano faz a si próprio e na maioria das vezes sem reposta alguma. É notório o aprendizado que a vida nos fornece; é aqui nessa questão que a gente percebe a existência de uma vida passada onde deixamos débitos e certamente voltamos para repará-los. Vendo por este ângulo, respondemos a esta pergunta. Porque nós, sendo filhos do mesmo criador; uns nascem na inópia e outros na opulência? Uns que levam a vida inteira lutando tentando o seu espaço e muitas das vezes, não conseguem absolutamente nada.

Outros, parecem que nasceram já com o céu conspirando a seu favor e sem o menor esforço consegue tudo o que quer.

Toda hora a gente ver caso de pessoas sofrendo com o descaso de familiares; pessoas que contribuíram uma vida inteira para manter uma família; pessoas que viveram em riqueza e depois por ganância dos próprios filhos são obrigadas a deixar suas residências pra obrigatoriamente viver em abrigos ou em alojamentos coletivos. Outras pessoas já anosas, não aceitando o desprezo da família, fogem do abrigo e vão viver sob o martírio do tempo, passando por situações precárias, indo morar embaixo de pontes, sem nenhuma condição humana.

Existem vários opiniões á respeito desse assunto, tanto de cunho religioso e filosófico. O espiritismo enxerga como divida de uma vida passada; pois não seria justo, Deus, sendo um pai benevolente, criador de tudo e de todos agir de forma tão prepotente e preferencial. Acreditam eles, que estamos nesta vida da matéria para reparar um erro deixando no passado e a volta em outro corpo, na situação em que nos encontramos, seria referente á uma forma reparar essas dívidas.

É notório que pra cada um existe uma cruz diferente que carregamos até o calvário e o peso dessa cruz depende do que plantamos nos atualmente. Culpamos o criador por tudo que não nos favorece, principalmente se levamos a vida na inópia, enquanto outro parece tudo sorrir porque vivem na opulência. Mas reclamamos porque não termos ainda um discernimento da vida espiritual de que viemos ao mundo terreno para uma missão de amor e não buscar riquezas na matéria.

Poderíamos observar atentamente como acontece o arrumadinho da vida. Se advertirmos que toda fase de nossa vida serve de crescimento para a nossa alma, temos mais motivos de agradece ao pai criador, do que ficar espinafrando o que de fato é coisa natural.

Será que a inópia é uma condição pior que a opulência? O ser humano na condição de ser inteligente, não consegue enxergar que o nosso corpo é uma máquina comandada pela ocupação de nossa massa cefálica?

Já é uma pesquisa de muitos anos, que gera palestras, perguntas sobre o motivo de suicídio de pessoas que vivem na opulência. Os problemas crônicos de ordem psicológica nesse tipo de patamar, trás curiosidades em busca das respostas. Enquanto as pessoas que vivem sobre a cama da inópia, segundo os especialistas, não teriam tempo para pensar em tal façanha só pelo motivo de estarem com a cabeça ocupada com a preocupação de no final do mês ter suas contas para pagar; caso inverso aos que vivem na opulência sobre as profundezas luxúria e por ser rotina, embarcam no mundo da perdição, destruindo a sua própria vida, conseqüentemente todo bem material que foi conquistado.

A cabeça do homem vivendo eternamente ocupada, obriga o corpo a correr atrás de resolver os problemas que o afligem, reflete num corpo saudável e conseqüentemente em toda a estrutura de seu progresso.

NA MAIORIA DAS VEZES A INÓPIA PODE PARECER DEFEITO, MAS, SUPERA QUALQUER ESTÁGIO DA OPULÊNCIA SÓ PELO FATO DE TER ALGUMA COISA NA VIDA PRA SE PREOCUPAR.

- FIM -

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 17/02/2010
Código do texto: T2091261
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