Cuidado com a opinião

Expressar a opinião hoje em dia é complicado. As empresas, como medida de seleção, já que existem sempre muitos candidatos por vaga, andam adotando o sistema de pesquisar na internet se o interessado tem Orkut, Twitter, etc., ou se encontram qualquer outro tipo de forma de compreender o indivíduo, seja por meio de textos ou opiniões por ele emitidas na rede.

Ou seja, se em algum texto a pessoa disser que não tem religião, ela pode correr o risco de não ser contratada, caso o empregador considere que alguém sem religião não tem ética ou moral e que, portanto, não serve para sua empresa. São vários candidatos, irá escolher quem ele bem entender, não importa se o sem religião é o melhor qualificado. Claro, devem existir excessões, nem todos os empresários devem pensar assim, somente a maioria.

Outro dia li uma reportagem em que mostrava a situação de um rapaz que foi despedido porque o seu chefe não gostou de ver as fotos dele no Orkut. Segundo ele, o chefe disse que o fato de ele ser muito festeiro, aparecer com muitas mulheres, poderia interferir nos negócios da empresa, já que esta negociava com países muitas vezes que presavam demais a seriedade das pessoas. Melhor dizendo, um cara festeiro poderia afetar a imagem da empresa, como se ela também não fosse séria. Conforme informou o novo desempregado, sua dedicação era máxima, era considerado como um funcionário exemplar.

Pelo sim, pelo não, se você tem alguma pretensão empregatícia, tome cuidado. Se você acha que tem que dar sua opinião e pronto, parabéns, é louvável sua coragem, mas nunca se sabe o que o patrão vai pensar. A mais nova desempregada que soube é uma professora que colocou umas fotos muito sensuais no Orkut. Ela, professora do ensino fundamental, aceitou alunos como "amigos". Os pais não gostaram nada, quer dizer, os pais gostaram, as mães é que foram na direção da escola se queixar.

Brincadeiras à parte, democracia até por ali, temos liberdade até aonde é conveniente. Na dúvida, eu não opino. Sou covarde!