Três, sem tirar de dentro
A cantora baiana Daniela Mercury disse em entrevista na TV que no carnaval fazia sexo três vezes por dia. Com mais de 50 anos de idade, Daniela mostra que está no fio. Meu compadre José Virgulino, sujeito experiente nessas coisas de alcova, analisa a fala da moça e conclui que: mesmo um cabra novo não aguenta esse rojão, configurando-se, portanto, promiscuidade da cantora; mulher nenhuma, normal, seria capaz de gozar tantas vezes num dia, o que significa que ela simplesmente abre o compasso e deixa entrar o bloco, enquanto fica pensando na folia; pulando em trio elétrico na quentura da Bahia, “é duvidoso que tenha condições físicas de fazer o que diz”. Três relações por dia, nos sete dias de carnaval, dão 21 atos sexuais.
Virgulino termina por censurar a confissão pública da cantora, “que é uma artista de massa e isso não é um bom exemplo para a juventude”.
Metendo (epa!) minha colher nesse angu, acho que Daniela Mercury incentiva a prática da mais vital atividade física humana. Faz bem para a saúde, incluindo a mental. Se todo mundo tratasse de fazer seu sexozinho todo dia, o mundo seria bem melhor. Sexo mantém a beleza da mulher. Quer medicamento mais saudável e gostoso do que esse?
Até os compadres da terceira idade sabem que sexo é beleza para o coração, e sem ereção pode ser feito com paixão e emoção, criatividade e tesão. Pra ficar na rima fácil. Um camarada que parece não gostar muito da fruta andou espalhando que sexo pode acabar com a próstata do homem e machucar muito a mulher por dentro. Na qualidade de consultor sexual, devo dizer que isso é lenda, criada por quem não gosta do ato e fica fazendo corpo mole (epa!). Incentivar a prática sexual, acho que é legal. Trágico seria se Daniela confessasse que passava o carnaval à base de narcóticos ou outras drogas mais em moda. Adrenalina por via sexual é o bicho, não faz mal e dá disposição ao atleta. Jogadores de futebol da seleção da Itália são liberados para fazer sexo na noite anterior às partidas.
Um tal de Adolfo Hitler tinha problemas de ereção e traumas sexuais. Mandou tocar fogo no mundo para relaxar, por falta de uma trepadinha. O Rei Luiz XIII casou-se com a infanta Ana D’Áustria, os dois com apenas 14 anos. Depois da cerimônia, foram para a alcova com um médico, um marquês, roupeiros, o camareiro levando a espada do Rei e duas amas para servirem de testemunhas. Diante dessa platéia, o jovem noivo deu uma brochada tão espetacular que nunca mais se recuperou do trauma. Em compensação, passou a usar sua espada, a de aço, para infernizar a vida dos súditos.