Suicídio Intelectual
Todas as mentes nascem livres infinitamente livres.
Por esse motivo os pequeninos são tão encantadores, vendo possibilidades infinitas numa caixa de fósforos, desenhando mundos novos num punhado de chão batido ou na areia da praia. Dessa forma simples proporcionam maravilhosas ilustrações de encantos e trajetórias possíveis do maravilhoso imaginário humano.
Crescer é se limitar a se prender em algo que nos destina, ou que decidimos nos nortear. No entanto me espanto com o tanto de mentes em prantos, pegas pelas correntes de ouro que escolheram para adornar suas idéias. Por falta de brilho natural, usam brilhos estapafúrdiamente falsos a ostentar uma idéia do que não são. Em uma realidade que não estão.
Dizem que os velhos vão se tornando crianças. Ainda bem, porque as crianças hoje se tornam velhas assim que nascem. Por amadurecer depressa demais, apodrecem e nada oferecem, senão a visão oca de uma mente que tem pouca liberdade de ser o que é. Acontece que as meninas já nascem mocinhas a um passo de serem mulheres, e os meninos rapazes prontos para conquistar o mundo.
Algumas mentes apelam lá do profundo, tentam deixar claro seu apelo atravéz da música e dos programas de TV. Algumas páginas pessoais da internet também anunciam a falta de liberdade criativa de uma mente polida pelo superfulo, assim decretam aos quatro quantos sua pobreza de idéias.
Nessa era do tudo pronto, vou pedir uma mente inteligente, com alface e cebola. Ou criatividade instantânea pronta apos três minutos fervendo em água com gás. Melhor mesmo seria uma pílula anteaborto de idéias, e uma pílula anti-stress, antigordura, anti feiura, e anti anti, só para prevenir. Nada disso, um spa anti suicídio intelectual até que não iria mal!