Preconceito é contra o pobre

Ao ver notícias na TV sobre o carnaval da Bahia, ouvi do apresentador que o grupo bahiano Ilê Aiyê não aceita integrantes brancos. Ora, aqui no Brasil racismo é crime, não é? Por que, então, isso não é considerado crime? Nesse caso, o racismo é contra o branco, mas ainda assim, é racismo.

Racismo, seja ele de cor, raça, religião é muito triste. Os povos são capazes de se separarem ou se matarem por conta disso. “Você não acredita no meu Deus Sol! Vou te matar!” Para ver como religião também não é sinônimo de bondade, afinal, mata-se em nome de Deus.

Voltando ao racismo aos negros do Brasil, sinceramente, vejo muito mais o racismo ao pobre do Brasil. Se o cidadão não tem dinheiro não é respeitado. Já o que tem, é tratado como Doutor, ainda que jamais tenha entrado numa universidade, quem dirá ter feito um doutorado. O dinheiro é que manda. Paga escola privada, plano de saúde, boa alimentação, paga cultura, teatro e diversão.

Sem poder ter um plano de saúde privado, o indivíduo que chega com o filho prostrado nos braços num hospital, em um setor vazio de emergência de particulares e conveniados, é orientado a levar o seu filho para o setor de emergência do SUS, sendo que a fila de tão grande, fará com que ele tenha que esperar por três horas pelo atendimento. Ah, e isso se tiver sorte. Bom, podia se pior, o filho podia estar sofrendo de dor, ao menos, só está prostrado.

Portanto, o dinheiro é o que separa e discrimina: quem pode pagar de quem não pode. Isso é triste!

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