AMOR VERDADEIRO ÚNICO.

QUEM NOS SOCORRE?

AMOR SEM TROCAS.

Conde Ugolino, na torre em que ficou encarcerado junto com seus filhos, sem alimentos, condenado por motivos políticos, em desespero famélico, matou e se alimentou com a carne dos filhos.

É uma das mais dramáticas histórias transpostas para a segunda maior obra da literatura universal, depois da Bíblia, “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri.

Na escultura do grande Rodin, a conhecida “Porta Do Inferno”, “Porte D”Enfer”, cujo original se encontra em Paris no Museu D”orsay, encontra-se imortalizada esta cena e, ainda, colocada em destaque fora da célebre porta em escultura de grandes proporções.

Em seu passeio pelos círculos do inferno (colocado por Dante sob a cidade de Jerusalém), descendo em espiral em cone, até onde foi levado pelo poeta Virgílio buscando a amada Beatriz, histórias fantásticas são consideradas.

É um repositório das agruras do mundo e o marco inicial da língua italiana, inspirada na Divina Comédia, conhecido o italiano como língua dantesca, logo que até então não se falava na Itália senão dialetos, por força da invasão dos bárbaros na queda do império romano e, com a unificação política italiana, em 1870, adotou-se e oficializou-se a língua italiana, tendo como base a “COMMEDIA” escrita por Dante, em erudito e novo vernáculo. Até então os eruditos escreviam em latim, provençal e francês.

Imortalizou-se assim, como referido, no castiço verbo dantesco florentino, a história paterna de Conde Ugolino.

Ninguém conhece formalmente, com característica universal e marcante, embora em toda a humanidade exceções existam, desde os primórdios, história alguma que demonstre a ausência de renúncia em favor dos filhos pela mãe; é o amor sem espera retributiva, moral ou material, emocional ou físico; incondicional.

Embora com dois mil e dez anos segundo o calendário gregoriano, a dor de Maria - sem apelos à condição de filho de Deus de Cristo, para que se livrasse do martírio de ver o filho supliciado – ainda ecoa no mundo, fortemente, como amor desinteressado, o amor também desinteressado como o materno, que seu filho transferiu para toda a humanidade em seu sofrimento aberto e doado.

Hoje, em aliança com a pureza da inocência que nos passam as crianças, luz infinita da esperança maior da humanidade no processo de ancestralidade única, festeja-se sempre o amor da Mãe de Cristo nos dias das Nossas Senhoras todas, da Conceição de Aparecida, nossa protetora e mesma Senhora que em todo o mundo socorre os filhos e alerta a todos em aparições e graças concedidas, abrigando sempre da mesma forma como socorreu aos pescadores que tentavam obter pescado farto para fazer banquete ao Conde de Assumar, autoridade do Reino de Portugal que passaria pelo local em comitiva vinda de Minas em direção ao Rio.

A Mãe surgiu para regalar um fervoroso pescador local em sua missão, trazendo-lhe muito pescado, mas mostrando sua presença como faz em todo local onde realiza prodígios.

NADA ACONTECE NA TERRA SEM O AMOR MATERNO, PORQUE NELE ESTÁ O DOM DA VIDA!

É este o amor desinteressado e sem trocas. Fosse a mãe Ugolino presa com seus filhos, cortaria a própria carne para que seus concebidos não passassem fome, nunca os mataria.

Faço hoje como reverência a nossa Mãe Maior, esta pobre locução, diante de sua grandeza, para que não esqueçamos de sua interferência junto a Jesus em Caná da Galileia, pedindo que não deixasse faltar ao casamento em que estavam, o vinho que acabara. Jesus acolheu seu pedido transformando água em vinho.

A mãe que dá abrigo ao filho está ao nosso lado, próxima, atenta a acudir em seu amor desinteressado, sem trocas, renunciando a tudo pelo amor filial. Salve Nossa Senhora, mãe de todos nós, a quem tudo devo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/02/2010
Reeditado em 17/02/2010
Código do texto: T2081163
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