Água doce (*)
A água doce é um bem essencial à vida. É um dos maiores valores da vida, assim como é o oxigênio que, através da respiração, é levado pelo sangue a todos os tecidos do nosso corpo , mantendo a vida em todos os seres humanos. A água doce é um direito de todos. Temos que democratizá-la com uma gestão comunitária e não transformá-la em consórcio para geração de lucros particulares e capitalistas.
A água doce não é mercadoria, pois sendo mercadoria não tem nenhum objetivo ou valor social. Se for considerada apenas uma mercadoria, gera um desastre, um caos social, porque muitas pessoas excluídas economicamente da sociedade não poderão sobreviver, pois a água doce é um bem insubstituível à vida.
Temos a obrigação, nós, seres humanos conscientes, de trabalhar para diminuir a poluição nos mananciais e nos rios das águas doces e proteger o meio ambiente. Temos que formar grupos ativistas para proteger as nascentes e os rios, cada pessoa dando sua cota de contribuição e participação dentro de sua área profissional, com o apoio do Poder Público – Executivo, Legislativo e Judiciário –.
Em razão de a água potável ser um dos maiores valores da vida, é dever de todos economizá-la, principalmente em razão dos níveis alarmantes de poluição que permeiam os nossos rios atualmente. Como é um bem que está ficando cada vez mais raro a cada dia que passa, conseqüentemente, está também a cada dia mais valorizado e cobiçado, chegando a haver, atualmente, estrangeiros que estão querendo internacionalizar a Amazônia, que é um dos maiores reservatórios de água doce no Mundo, isso sem falar da sua biodiversidade – flora e fauna – que é de uma riqueza incomensurável.
Então, atualmente, está havendo uma grande corrida para o apossamento dos mananciais de água doce no Planeta. Compete ao Poder Público, com o apoio de ONG’s (Organizações Não Governamentais – formadas com o objetivo de dar consciência ecológica às pessoas menos esclarecidas, e, conseqüentemente, dar também uma consciência mais humanitária –), continuar proporcionando uma vida comunitária justa e igualitária, com distribuição de água potável para toda a sociedade, garantindo qualidade de vida a todos os seus membros, combatendo a poluição dos rios e dos seus mananciais, protegendo o meio ambiente do planeta Terra, garantindo assim a continuidade da vida às futuras gerações.
(*) Crônica publicada no Jornal VIP – Vitrine Popular – de Santo Amaro da Imperatriz–SC, cidade conhecida como o “Paraíso da Águas”, com distribuição para a Grande Florianópolis, de 22 a 28 de setembro de 2006.