Geocentrismo

(Tinha colocado este texto no Meu Diário, mas talvez seja melhor publicá-lo aqui... sempre tentando aprender..

Este é um dos dos textos de um arremedo de livro que estou achando que escrevo...

Suas opiniões serão muito importantes.)

Caros Leitores

Tenham certeza de uma coisa! O mundo gira ao redor de mim! Não é egoísmo, é constatação.

E como um bom Sol, tenho meus planetas e tenho meus cometas. Os primeiros, previsíveis, só saem de sua rotina elíptica se eu quiser ou se algum grande cataclisma conseguir ser maior que eu. Seguem sua vidinha, dependem de mim, muitos até me veneram. Tento até cuidar deles, aquecê-los, deixarem que se alimentem, iluminá-los até, seja com luz ou sabedoria. Pouco me devolvem e nada poderão fazer por mim a não ser ensinar que minha energia mágica pode ser, em mãos erradas, lindamente destruidora.

Já os cometas me visitam, com freqüência de relógio, é verdade, mas são apenas visitantes. Alegram meu dia, trazem notícias, sorriem para mim e se vão para mais tarde voltar. Não me pertencem, acham que não dependem de mim e se eu um dia sumir vão rezar para que continuem periódicos de outras estrelas e não se transformem em meteoro destruidor com fim declarado. Não dependem dos meus humores e vontades mas dependem da minha existência. E eu não dependo deles mas adoro ter meu humor modificado por suas visitas.

Sabedor da minha importância, compete a mim brilhar e existir.

E um dia, quando a sabedoria que já possuo decidir aflorar, descobrirei que faço parte de uma galáxia.... que giro ao redor do seu centro... que contribuo para sua beleza mas não faço a mínima falta.

E rezemos todos que, quando isso acontecer, eu o entenda como lição apenas interior e que eu continue a brilhar e existir para os outros sem uma mudança sequer.

Meu aprender não pode afetar o existir dos que de mim dependem.

E assim, viro escravo de mim mesmo.

Ou não, se eu tiver realmente aprendido a ser mestre, ter interior e exterior e conseguir separar sem dividir as sensações, necessidades e felicidades que aprendi a ter que conquistar.

George Wootton
Enviado por George Wootton em 10/02/2010
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