Culto ao deus Mosquito

...Nada se cria, tudo se transforma, já dizia Lavoisier. Para nós é o que estamos repetindo a algum tempo sobre o modismo da sociedade, que vai vivendo por partes a cada novo acontecimento que repercurte. Passou a crucificação de Cristo, a queda do Imperio Romano, as matanças da Inquisição, a lingua de Einstein, o silêncio de Chaplin, Hitler ascende e se apaga, Levante e queda do Muro de Berlim, João Paulo II o Papa Pop e o tiro perdoado, Tsunamis, Terremotos, Gripe do Frango, o baseado da vaca e a gripe do porco.Por ultimo a sensacional transmissão da morte da cabeleireira. Tudo isto acontecendo e o povo jogando lixo na rua, deixando a água parada em culto ao deus Aedes aegypti e assim após seu periodo de incubação tranquila, vai voar para picar os meros mortais, que através destas ofensivas picadas irão padecer severamente por diversos dias, com dores de cabeça febre alta que as vezes leva a delírios, onde o fogo do inferno parece estar queimando de dentro do intestino para fora de todos os orifícios do corpo. E já disseram que a fé remove montanhas, por isso que este povo desatento e kamikaze sustenta o deus mosquito que eleva alguns ao ápice de suas ignorâncias. Embargando ações dos agentes amarelos considerados pagãos que passam pelas casas com suas mochilas de lado e suas escadinhas de ferro. Com tanta devoção Montes Claros já é o numero um em casos de Dengue, pelo menos de suspeitas já que a confirmação concreta parece ter um caráter ainda mais sagrado. O Secretário de Saúde admite epidemia, e os hospitais superlotam, as redes de referências transbordam mas os fanáticos adoradores do mosquito continuam se curvando e oferecendo sacrifícios, a cada lote vago um novo paraiso. A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, argumenta que o mundo criou condições para que este mosquito se desenvolvesse e ele se adaptou muito bem. Agora aliado a ajuda que o povo dispensa, com certeza o deus mosquito irá encaminhar muita gente para o outro lado, isto é se a campanha que a Igreja Universal realizou no Rio de Janeiro há tempos não muito passados, não chegar até as nossas boas esperanças com um panfleto bento onde se anota o nome de todos que devem ser livrados da epidemia, paga-se por um óleo santo e tá curado...