MARINA MORENA MARINA
Série: Crônicas da Natureza
*ghiaroni rios
Acaba não mundão, acaba não! A gente muda, é preciso acreditar. Lembra, acho que ano passado, Blairo Maggi, só não recebeu a moto serra de ouro das mãos do Greenpeace, em Mato Grosso, por ser além do rei da soja, rei do desmatamento, porque a polícia não deixou? Agora está propondo moratória de desmatamento para o gado no seu estado. Que maravilha! Caiu na real? Ouviu o “lamento” do planeta? Adianta-se mercadologicamente pois daqui pra frente boi de área de desmatamento na Amazônia não vai ter vez, mercado cada vez mais seletivo, que se importa com a origem, com a relação sócio-ambiental? Não importa as razões, parabéns pela mudança Governador. A natureza agradece, seus filhos e netos (futuras gerações) agradecem.
Claro que há esperança. Quer notícia mais “auspiciosa” do que a possível vinda da Marina para o Partido Verde a se candidatar à Presidência da República? Você Marina, gente simples, sabe o que é uma floresta, labutou no corte da seringa, tem o legado de Chico Mendes a defender a mata da sanha do latifúndio incendiário e assassino. Você vai esverdear ainda mais o PV e uma candidatura com tal necessária bandeira vai comprometer o Brasil (com seriedade) com as mudanças reais que o planeta exige. Se vai haver estrago nas fileiras do seu partido, paciência. Você já assinalou que pensa grande, esse projeto e ideal é maior que um mandato de Senadora, e essa possível candidatura assume um compromisso com a nação, e mais, da nação com o mundo. O Brasil precisa ser mais sério (assumir também metas) quando negocia com os países as salvadoras agendas ambientais que o mundo implora a tentar estabilizar ou frear as mudanças climáticas. Já há consenso que as mudanças estão em curso, dimensionar com precisão o estrago é que é difícil até para os mais renomados cientistas.
Bem vinda Marina Morena Marina, na voz de um soldado raso do PV das Minas Gerais, que acredita no desenvolvimento (sinal de civilização) sustentável e que acha que com jeitinho nesse planeta cabem todos. Acaba não mundão!
*o autor é ambientalista/escritor