Realidade esplanada
Águida Hettwer
Nos altares do inconsciente velamos jogos de palavras ditas, gestos e momentos vividos. Embrulhando emoções em papeis de celofane. Juntamos os cacos espalhados, remendamos daqui e dali, muitas vezes sem luz e ar para respirar.
Alimentamos mentiras, para não enfrentar o confronto. Onde palavras pesam mais que pedras, e o sabor da tristeza amargam feito fel. O sentimento autêntico anda em falta nas relações. E o que goteja, apenas são gotas de ciúmes e obsessões. Disputas sem sentido, privando-nos da vida.
Não há como negar, alguns valores se perderam no meio do caminho. Perde-se o posto de simpatia quando a verdade é dita sem rodeios. A realidade é esplanada com requinte de detalhes. Não somos vistos com bons olhos. A defesa usa de “bode-expiatório” para se justificar. E mesmo assim, não convence.
Não esqueçamos as velas ardem até o fim. E nesse processo todo ainda, Dissolve-se as destemperanças, os fardos pesados carregados nos ombros, conceitos adquiridos de herança. Mesmo que num mundo á parte o pensamento esteja em guerra. Resta-nos a esperança de uma cumplicidade sem receios, doação sem regras. Num caminhar sem pressa, porém certeiro.
No livro da vida escrevem-se emoções nas entrelinhas, grifando anseios ao longo da caminhada. Combatendo as aflições mesmo que o riso seja sem graça. Mas o que prevalece é a ousadia de tentar.
09.02.2010
Águida Hettwer
Nos altares do inconsciente velamos jogos de palavras ditas, gestos e momentos vividos. Embrulhando emoções em papeis de celofane. Juntamos os cacos espalhados, remendamos daqui e dali, muitas vezes sem luz e ar para respirar.
Alimentamos mentiras, para não enfrentar o confronto. Onde palavras pesam mais que pedras, e o sabor da tristeza amargam feito fel. O sentimento autêntico anda em falta nas relações. E o que goteja, apenas são gotas de ciúmes e obsessões. Disputas sem sentido, privando-nos da vida.
Não há como negar, alguns valores se perderam no meio do caminho. Perde-se o posto de simpatia quando a verdade é dita sem rodeios. A realidade é esplanada com requinte de detalhes. Não somos vistos com bons olhos. A defesa usa de “bode-expiatório” para se justificar. E mesmo assim, não convence.
Não esqueçamos as velas ardem até o fim. E nesse processo todo ainda, Dissolve-se as destemperanças, os fardos pesados carregados nos ombros, conceitos adquiridos de herança. Mesmo que num mundo á parte o pensamento esteja em guerra. Resta-nos a esperança de uma cumplicidade sem receios, doação sem regras. Num caminhar sem pressa, porém certeiro.
No livro da vida escrevem-se emoções nas entrelinhas, grifando anseios ao longo da caminhada. Combatendo as aflições mesmo que o riso seja sem graça. Mas o que prevalece é a ousadia de tentar.
09.02.2010