ESSENCIAIS
Festejamos o Natal, este ano, em casa da minha filha mais velha, que mora com o filho. Estranhei o fato do meu neto estar dormindo às 9 da noite e não na frente do computador, como habitualmente o vejo. Estava tão cansado que não acordou quando o chamamos, para a ceia.
Explica-se: ele está trabalhando em uma loja tradicional a título “temporário”,
somente para esta época de festas, como auxiliar de vendedor. Ele e outros rapazes nas mesmas condições, mesmo com horários especiais, carregam aparelhos eletro-eletrônicos, pequenos móveis e outros artigos não muito leves para mostrar ou entregar aos clientes da loja.
Além da exaustão seus braços estão com hematomas, pois com a falta de preparo, nem sempre carrega os fardos como deveria.
Conclusão – na hora da ceia tínhamos à mesa um jovem sonolento, mal-humorado e apático.
Isso eu constatei na minha família, com meu neto Diego. Mas, e os outros que precisam trabalhar para proporcionar “boas festas” e, apesar de receber um extra no salário, não têm seus esforços reconhecidos? Não vou citar aqui os essenciais óbvios, mas trabalhadores nem sempre citados.
Encontraremos esses heróis anônimos em setores que estão sempre ativos, como postos de gasolina e suas lojas de conveniências – alíás, os pontos mais vulneráveis aos assaltos, hoje em dia.
São homens e mulheres cumprindo horários antes, durante e depois de quaisquer festividades populares, muitas vezes arriscando suas vidas.
Outra categoria que chega a ser emergencial e a dos garis. O que seria das nossas ruas se eles faltassem no dia seguinte às noitadas festivas e invariavelmente abarrotadas de lixo?
Haveria uma extensa lista de serviços essenciais onde gente desconhecida se dedica a diversas atividades que vêm em socorro de outros.
Um que nem todos usam, mas muito necessário é o que cuida de animais, os
“pet-shop’s”, que acolhem e atendem os pequenos animaizinhos que, como os seres humanos, também têm suas crises e emergências.
Enfim, são pessoas que nos ajudam, de uma maneira ou outra, antes das datas durante e depois... sempre com eficiência e espírito de solidariedade.
A eles, sempre, “Boas Festas” e bom descanso, depois delas...