Mas você não viu?

Quais os melhores textos para vocês anunciantes? Uma vontade danada de tecnologia para sentimento elevado de sabedoria. Vocês gostaram? Sentiram vontade de partilhar com o Autor algum momento de alegria?

Senhor, talvez a criação de sociedade próspera! Vamos ao brinde, salta um empréstimo de rede financeira, algo elevado para idealizações; todas felizes, entre ricas óperas, maravilhosas frases, esculpidas com feitio modesto, todavia épica, broncas ou líricas; para servir como atração, nessa página em branco. Espaço de tornar festival o agente livre da brincadeira crônica moderna da liberdade em pauta. A gente escreve como o diabo...

O anunciante devotado sem parecer miliardário balzaquiano foge das aparências mesquinhas: Se querem uísque, cá está o gelo.

Salta um drama operístico. Uma rede de contato para alta acessibilidade. Cada anúncio de dar água na boca. É pouco, ampliam-se as possibilidades cênicas. A imagem é trabalho. O som é trabalho. Escrever dá também trabalho. Há Ministério da Cultura. Repasse direto na prática imediata da arrecadação. Simples. Tudo é simples com recurso.

Intelectuais precisam beber direito os seus anunciantes. Gozar de novos benefícios. Viver o Brasil. Viva o Brasil!

Os anunciantes não são meus. Só o talento procura em sonhos os arranjos do ofício. O escritor é célebre? Não. O poeta é confessional. Também não. Devia ser banal poder viver de má literatura nessa geografia espacial virtual alucinante do gigantismo. O gigantismo virtual lembra pixel e tiróide.

Vamos então tomar o curso do mar como referência desses melhores dias do escritor estereotipado para gozar férias. Vamos verificar até quando será assim, esse colaborar dos anúncios silenciosos, sobre cada crônica, para o Autor, zero sem fim. Se ao menos dissessem: É péssimo material subjetivo, lixo mental, verve virtual e vende bem, estaria ótimo. Seria normal. Observem a música, a TV, observem os canarinhos caipiras... O que fazer? Chegará um dia em que os anunciantes dirão que já pagaram por esses textos todos. Mas você não viu. Ganhou, mas não viu.

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Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 08/02/2010
Reeditado em 09/09/2011
Código do texto: T2076374
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