´DIAS NO DESERTO. ( LICIA FALCÃO ) .CRÔNICA

Há dois dias que estou no inóspito deserto. O sol está ardente e o solo árido. Não há sombra, nem água para beber. Meus pés queimados pelo calor da areia quente, fazem meu corpo desiquilibrar-se e cair. Deitada naquele estrado movediço e abrasador, abri os olhos feridos pela areia e vi o céu. Ele estava azul, sem nuvem alguma. Era de uma beleza arrebatadora. À priori, animei-me, logo depois, concluí que do céu azul não caem chuvas. Entrei em pânico, tentei levantar-me, mas voltei a cair e novamente vi o céu. Ele não estava mais azul, porém acinzentado. Trovões soltavam estampidos assustadores e relâmpagos cortavam o céu em todas as direções. Que é isso, retruquei? E logo a resposta me veio à mente: é a chuva, o tesouro da terra que chegou no seu tempo certo. Levantei-me, bebi água, molhei o corpo suado e castigado pela aridez. De repente, um vento frio e veemente começou a soprar. Então senti frio. Quem poderia me aquecer, se não havia ninguém ali? Ah! Engano meu! Senti duas mãos poderosas que me acolheram, me tiraram do deserto e uma voz doce e meiga que me falou: "Filha, Eu te amo! Segue o teu caminho! Eu SEMPRE estarei contigo!" Texto produzido por Licia Falcão Rodrigues da Silva Tags: acinzentado, azul, certo., chuvas, deserto, estrado, frio, inóspito, movediço, relâmpagos

Licia Falcão
Enviado por Licia Falcão em 08/02/2010
Código do texto: T2075074
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.