HÁ UM CRIME PERFEITO?" Crônica de: Flávio Cavalcante

HÁ UM CRIME PERFEITO?

Crônica de:

Flávio Cavalcante

A mentira tem pernas curtas. O fazer escondido, achando que vamos ficar impunes é uma incerteza e é mais certeza que estamos sempre fitados aos olhos pelo menos de um curioso. Como diz o ditado “MATO TEM OLHOS E PAREDES TÊM OUVIDOS” É parece ter um fundamento. Quantas vezes não vimos em televisão crimes bárbaros, onde a polícia só encontra o corpo da vitima e quando há um interesse em desvendar o mistério, no instante se descobre quem praticou e todos os dados dos assassinos.

Não há um crime que seja perfeito. Não há um caso que não tenha uma solução. Ás vezes, dependendo da situação, o caso é acobertado por algum interesse próprio, envolvendo dinheiro para se abafar certos crimes.

Acontece muito este tipo de acobertamento nos áureas montanhosas dos cofres públicos, onde os tesoureiros são verdadeiras corjas famintas, onde parece ter bolsos furados canalizados em suas contas particulares.

O Brasil é famoso de ter o maior número de corrupção. Os criminosos de gravatas e bolsas sociais, assaltam a mão desarmada sem impunidade alguma. Parece que a justiça fecha os olhos de propósito para eles. A balança da impunidade contrabalança injustamente mostrando para o povo de uma forma imbecil que ninguém sabe de nada e não estão enxergando nada.

Quando por algum motivo óbvio é descoberta a sacanagem entre eles e isto chega á público. O circo é armado na mídia, mostrando como escândalo um caso comum no país, como se fosse alguma novidade e que o povo não tem conhecimentos do que acontece no meio.

Depois de toda armação, tudo cala e o dinheiro roubado continua nas contas do ladrão como se nada tivesse ocorrido.

Agora, consideram como crime e a lei mostra com ironia o seu lado da união com a corja, quando um cidadão por necessidade rouba um alimento para dar a sua família que está passando necessidade em casa. Este vai preso como bandido e passa a viver uma vida de inferno lá dentro de uma prisão que compõe o dobro de sua capacidade.

Não há crime perfeito e nem uma lei neste país que não se corrompa, visando o seu próprio benefício. Enquanto não houver uma consciência do certo e do errado, a balança da justiça vai sempre pesar para o lado injusto.

Esta lei precisa tirar a mascara da cara e encarar o crime como crime, seja lá qual for o grau do delito; agindo assim, talvez um dia, teremos uma grande mudança no país e passaremos a ser exemplo para todos, levando para o Vasco do esquecimento todo o nome manchado pelas grandes elites do mundo.

-FIM-