O PERDÃO.
Deus é pura bondade. É o que nos passa o ensinamento bíblico antes e depois da “Nova Aliança”.
Nada mais há na caridade, pedra fundamental do Filho de Deus, Jesus Cristo, do que bondade. O Filho de Deus feito Homem, pregou o amor incondicional, a caridade, a doação ao próximo, enfim a bondade. Esse o marco central de sua jornada. Assim fazendo trouxe a mensagem do Pai, Deus, e de seu maior dom, O Espírito Santo.
Pai, Filho e Espírito Santo são pura, exclusiva e inigualável bondade, como ressae da tradição. Como falar em castigo?
Quem desvia do ensinamento do amor ao próximo se castiga, a pena é autoaplicável.
O castigo não vem de Deus, vem da nossa consciência. Só o caminho foi ensinado. Há mínima consciência em quem quer que seja, até no maior dos criminosos. Em um certo momento ele olhará para dentro e verá o que é, um criminoso.
O castigo é a perda da paz, a mancha que o acompanha como acompanhou Caim, com menor ou maior consciência ou mesmo sem ela, é a pena autoaplicável. Não haverá paz, apenas paz aparente.
A intensidade da pena autoaplicável varia com o caráter de cada um.
O castigo em consciência se apresentará mais ou menos intenso, mas dele não se fugirá, mesmo que todos os meios e justificativas para alheamento sejam usados. Somente pelo arrependimento eficaz se retornará à paz, pela consciência reconhecida e explicitada pelo mal que foi feito, omissivo ou comissivo, inação ou ação.
Por mais que queiramos ou tentemos negar nossas faltas em ações e omissões em consciência, lá estará o implacável Juiz, nosso tribunal, a consciência, dela não podemos escapar como nos é possível fugir do tribunais externos. Esse tribunal está dentro de nós, presente.
Deus está acima disso tudo, como falar em castigo, ausência de perdão para Quem habita o único Tribunal da Bondade?
Quem é pura bondade não pode distribuir castigo. Quem ensinou bondade não é algoz.
Se há julgamento há possibilidade de perdão, mesmo na sociedade dos homens. Existem várias espécies de perdão e o instituto penal do “arrependimento eficaz”.
Fica impossível harmonizar esses dois vocábulos e seus conceitos tratando-se de Deus, bondade e castigo, amor e retribuição punitiva.
Deus não fundou a Igreja, não criou penas, Cristo iniciou-a por Pedro, disseminada pelo inteligente e favorecido intelectual Paulo de Tarso, São Paulo.
A única vez que entrou na Igreja, foi a única vez que Cristo se irritou.
Templo criou-o os homens para um exclusivo fim, FALAR A DEUS, CONVERSAR COM DEUS, pois aí estariam em união todos que professam a bondade ensinada. Não se reunem para ungir ou festejar castigo, mas para celebrar o amor, portanto o perdão é para todos, os que adotaram ou não os ensinamentos, no exclusivo Tribunal da consciência.
E o perdão concede-o Deus em seu doce Tribunal. Só assim se poderá dizer : “Transborda na taça o vinho, que é alimento e consolo ao longo do meu caminho”.