CLONARAM MEUS CARTÕES!
Esta semana que passou, eu, como sempre faço, no início de cada mês, liguei para a operadora de cartões de crédito e, mediante a numeração do meu cartão, eles me forneceram o valor a ser pago no dia do vencimento da fatura.
Pois é. Eu também tenho cartão de crédito. Aliás, tenho dois. Um ainda é do tempo em que eu militava em banco e, portanto, já tem mais de 20 anos e, o outro, passei a usá-lo quando comprei um carro numa concessionária daqui da minha cidade e o mesmo veio atrelado à compra.
Os benefícios são inúmeros, não restam dúvidas. Sabendo usá-los com responsabilidade, respeitando os limites entre a receita dos seus proventos e as despesas rotineiras, sem exagerar, não tem nada melhor. Inclusive, o cartão elimina a necessidade de a pessoa andar com uma quantia volumosa em dinheiro, nos bolsos, pois você pode comprar artigos para suprir as necessidades básicas – e até alguns supérfluos – sem precisar sacar dinheiro em caixa eletrônico.
Entretanto, para toda maravilha que se apresenta em nossa vida, nos dando conforto, tranquilidade e facilidade em nosso cotidiano, algo de negativo vem junto. Segundo os esotéricos, é o chamado equilíbrio das coisas: se existe o lado bom, deve existir, com certeza, o lado ruim; se existe o bem, o mal sempre estará, paralelamente, caminhando ao seu lado.
Para falar a verdade, eu compactuo com isso. Acredito, piamente, que, se existe o gênio do bem que inventa o dinheiro de plástico – que traz rapidez e facilidade no dia-a-dia das pessoas –, existirá, também, junto a ele, o gênio do mal que fará de tudo para subtrair todas as informações relativas a essa tecnologia e, de posse dela, usá-la em proveito próprio.
Pois bem. É aqui que começa a minha crônica desta semana. Dia das faturas, o correio, como sempre, atrasado em sua entrega. O corre-corre diário, eu quase na hora de sair de casa para ir trabalhar, ligo para a primeira operadora. Como de praxe, vou seguindo as orientações da “moça” que fala do outro lado e aguardo o momento em que ela diz – com aquela voz suave de locutora de aeroporto – o valor a ser pago. Pelos meus cálculos, não mais que quarenta reais. E assim, de caneta em punho e papel para anotar, eu ouvi quando aquela voz linda e sensual disse: seis mil, seiscentos e quarenta um reais, com pagamento a vencer no dia 01 de fevereiro.
Confesso a vocês que não atinei para o fato. Olhei para a numeração do cartão e achei, com todos os números, que tinha errado a sequência. Desliguei e liguei novamente. O mesmo tempo, o mesmo colóquio: a voz ditando e eu “dedando” no teclado do telefone. No final, o mesmo valor. Dessa vez a ficha caiu.
O pior, nessas horas, é que você começa a suar, o mundo gira ao seu redor, a boca fica amarga, enfim, parece que o terremoto do Haiti (que Deus nos livre) foi em cima de sua cabeça. E tem mais uma coisa: você, mesmo sabendo que foi clonado, ainda fica imaginando o que e onde comprou aquele tanto de valores.
Depois de um copo com água e uma respirada profunda, o raciocínio lógico vem. Você adquire, de novo, o controle sobre as emoções e passa agir com racionalidade, encontrando os caminhos corretos para resolver a questão. Assim fiz.
Primeiro passo: detalhar a fatura (está vendo, senhor correio?! Se a fatura chegasse à residência do cidadão, em tempo hábil, não seria necessário atropelo para se tentar bloquear o mal). De posse das informações nela contidas, tentar falar com uma das atendentes da operadora, comunicar o fato, cancelar o cartão, e esperar, uma meia hora, para que todo o procedimento seja realizado no “sistema”. Por fim, o envio de uma declaração, via fax, onde o titular do cartão nega toda e qualquer participação nos débitos existentes.
Feito isso, e feliz por ter resolvido o problema, eu me lembrei do outro cartão. Se um estava clonado, por que não o outro? Mesmo procedimento: ligar para a operadora, esperar na linha por uma atendente, ouvir o detalhamento da fatura, comprovar que o valor era cinco vezes maior do que o valor de suas compras, enfim, tempo de espera na linha telefônica, em seguida, cancelamento do cartão, envio de declaração via fax...
Impressionante como eles agem! Fico a pensar no estabelecimento comercial onde eles fizeram todas as compras. Um prejuízo para mais de oito mil reais...
Esta semana que passou, eu, como sempre faço, no início de cada mês, liguei para a operadora de cartões de crédito e, mediante a numeração do meu cartão, eles me forneceram o valor a ser pago no dia do vencimento da fatura.
Pois é. Eu também tenho cartão de crédito. Aliás, tenho dois. Um ainda é do tempo em que eu militava em banco e, portanto, já tem mais de 20 anos e, o outro, passei a usá-lo quando comprei um carro numa concessionária daqui da minha cidade e o mesmo veio atrelado à compra.
Os benefícios são inúmeros, não restam dúvidas. Sabendo usá-los com responsabilidade, respeitando os limites entre a receita dos seus proventos e as despesas rotineiras, sem exagerar, não tem nada melhor. Inclusive, o cartão elimina a necessidade de a pessoa andar com uma quantia volumosa em dinheiro, nos bolsos, pois você pode comprar artigos para suprir as necessidades básicas – e até alguns supérfluos – sem precisar sacar dinheiro em caixa eletrônico.
Entretanto, para toda maravilha que se apresenta em nossa vida, nos dando conforto, tranquilidade e facilidade em nosso cotidiano, algo de negativo vem junto. Segundo os esotéricos, é o chamado equilíbrio das coisas: se existe o lado bom, deve existir, com certeza, o lado ruim; se existe o bem, o mal sempre estará, paralelamente, caminhando ao seu lado.
Para falar a verdade, eu compactuo com isso. Acredito, piamente, que, se existe o gênio do bem que inventa o dinheiro de plástico – que traz rapidez e facilidade no dia-a-dia das pessoas –, existirá, também, junto a ele, o gênio do mal que fará de tudo para subtrair todas as informações relativas a essa tecnologia e, de posse dela, usá-la em proveito próprio.
Pois bem. É aqui que começa a minha crônica desta semana. Dia das faturas, o correio, como sempre, atrasado em sua entrega. O corre-corre diário, eu quase na hora de sair de casa para ir trabalhar, ligo para a primeira operadora. Como de praxe, vou seguindo as orientações da “moça” que fala do outro lado e aguardo o momento em que ela diz – com aquela voz suave de locutora de aeroporto – o valor a ser pago. Pelos meus cálculos, não mais que quarenta reais. E assim, de caneta em punho e papel para anotar, eu ouvi quando aquela voz linda e sensual disse: seis mil, seiscentos e quarenta um reais, com pagamento a vencer no dia 01 de fevereiro.
Confesso a vocês que não atinei para o fato. Olhei para a numeração do cartão e achei, com todos os números, que tinha errado a sequência. Desliguei e liguei novamente. O mesmo tempo, o mesmo colóquio: a voz ditando e eu “dedando” no teclado do telefone. No final, o mesmo valor. Dessa vez a ficha caiu.
O pior, nessas horas, é que você começa a suar, o mundo gira ao seu redor, a boca fica amarga, enfim, parece que o terremoto do Haiti (que Deus nos livre) foi em cima de sua cabeça. E tem mais uma coisa: você, mesmo sabendo que foi clonado, ainda fica imaginando o que e onde comprou aquele tanto de valores.
Depois de um copo com água e uma respirada profunda, o raciocínio lógico vem. Você adquire, de novo, o controle sobre as emoções e passa agir com racionalidade, encontrando os caminhos corretos para resolver a questão. Assim fiz.
Primeiro passo: detalhar a fatura (está vendo, senhor correio?! Se a fatura chegasse à residência do cidadão, em tempo hábil, não seria necessário atropelo para se tentar bloquear o mal). De posse das informações nela contidas, tentar falar com uma das atendentes da operadora, comunicar o fato, cancelar o cartão, e esperar, uma meia hora, para que todo o procedimento seja realizado no “sistema”. Por fim, o envio de uma declaração, via fax, onde o titular do cartão nega toda e qualquer participação nos débitos existentes.
Feito isso, e feliz por ter resolvido o problema, eu me lembrei do outro cartão. Se um estava clonado, por que não o outro? Mesmo procedimento: ligar para a operadora, esperar na linha por uma atendente, ouvir o detalhamento da fatura, comprovar que o valor era cinco vezes maior do que o valor de suas compras, enfim, tempo de espera na linha telefônica, em seguida, cancelamento do cartão, envio de declaração via fax...
Impressionante como eles agem! Fico a pensar no estabelecimento comercial onde eles fizeram todas as compras. Um prejuízo para mais de oito mil reais...
Obs. Imagem da internet