Os ciúmes do Ferraz (final)
Sim, Ferraz guardou a arma e foi-se embora, para a sorte sua, da mulher e da bela administradora do colégio onde Angela trabalhava.
O gatilho sempre foi mau conselheiro. Se tivesse sido usado, a desgraça seria grande.
Desde os dezenove anos, já cadete da AMAN, Ferraz e sua linda irmã Maria Lúcia, tinham-se tornado amantes apaixonadíssimos. Sempre desejaram isso. Mas a famosa moral impedia fortemente. Irmão com irmã? Nem pensar! Mas dia-a-dia a paixão aumentava.
Até que certa noite, depois de conversa amena e amorosa, tomando um bom tinto chileno com queijo, torradas pequenas e azeitonas deliciosamente perfumadas pelos temperos no azeite extravirgem, aconteceu o inevitável. Um longo beijo, com ambos enlouquecidos na casa em Teodoro de Oliveira, serra friburguense, um foi do outro numa agonia. Riam, falavam, trocavam carícias, estavam nus, admiravam-se e o fato se consumou.
Não houve arrependimento; a paixão aumentou. E nunca mais deixaram de ser amantes apaixonados.
Por isso, Ferraz guardou a arma.
Maria Lúcia e Angela estavam apenas começando a troca de carícias.