Mania de escrever
Hoje, lendo uma crônica do Wilson Pereira aqui no Recanto das Letras, parei para lembrar como começou comigo esta história de escrever. Fui voltando, voltando no tempo até chegar lá atrás, na minha infância. Lembrei que desde muito pequena sempre gostei de desenhar.
Daí você pergunta: “Mas o que desenhar tem a ver com escrever?” Explico...
Quando eu tinha meus seis anos de idade, meu pai comprava para mim uma vez por mês quando recebia o pagamento, um gibi (revista em quadrinhos) chamado “Almanaque Disney” , então ele lia todas as estorinhas e eu ficava bem quietinha em seu colo, prestando bastante atenção e adorando aquele colorido todo que deliciava meus olhinhos curiosos. E assim acontecia todo mês...e eu aguardava anciosa.
Quando terminava o gibi, geralmente demorava bastante até meu pai receber de novo, então eu pegava as revistinhas e ficava desenhando, olhava as personagens e copiava no meu caderno de desenho...depois eu inventava novas estórias para as personagens que eu tinha desenhado, com o tempo passei a escrever estas estórias...e foi assim que comecei a brincar de escrever...e brinco até hoje. Acho que todo mundo quando decidi escrever qualquer coisa, tem aquela fase do escrever, ler, achar um lixo e jogar tudo fora...e depois ficar imaginando porque jogou fora afinal. Bem, não sou diferente e apesar de ter jogado muita coisa fora, algumas eu guardo até hoje, algumas já publiquei por aqui e outras são só minhas, por enquanto.
É...escrever é como ler, a gente cria o hábito...e depois não consegue mais viver sem. Eu escrevo sem nenhuma pretensão, escrevo pelo prazer que isto me dá, sei que meus rabiscos são só rabiscos... Gosto mesmo é de brincar com as palavras, de jogar na tela ou no papel aquilo que sente a alma, às vezes romance, alegria, tristeza, revolta... Enfim, costumo dizer que quando escrevo algo eu estou mesmo é me passando a limpo!
E como sempre estou passando alguma coisa a limpo, sinto que ainda vou escrever por muito tempo!