A goiabeira e as maritacas
Estou sentada na varanda de minha casa, final de tarde, os passaros, vem apressados comer a ultima refeicao do dia.
Na bandeja em cima do muro, estao as bananas, pedacos de mamao, que coloquei a pouco.
E uma festa so, eles se respeitam, hora sao os bem-te-vis, depois, os sabias, daqui a pouco, chegam os sanhacos, o ultimo a chegar e um pardal.
Comem, cantam, como agradecendo o jantar, e batem asas, felizes, livres, como toda ave deve ser.
Quando penso, que o espetaculo ja acabou, o barulho estridente de duas maritacas, lindas, lindas, me deixam encantada, elas veem em busca da goiabeira que ha no quintal, e nessa epoca, esta carregada de frutos vermelhos e doces.
Que coisa mais linda, poder observar as duas aves, pousar tranquilamente, uma em cada galho, escolhem a goiaba mais madura, e sao tantas, que deve ser dificil decidir, e comecam a jantar.
Nao movo um musculo, pois estou sentada a poucos metros da goiabeira, e puro encanto ver as duas maritacas a bicar calmamente as goiabas.
As vezes, uma delas para, entorta a cabeca para o lado, e me olha, me olha firme, e fica assim a me mirar, por alguns segundos, depois volta a comer tranquila.
Passados muitos minutos, elas partem, num voo de liberdade, nao sem antes fazer o mesmo alarde, que fizeram ao chegar.
Me levanto da cadeira, e vou olhar a goiabeira, e la estao as duas goiabas, que elas escolheram pro jantar, praticamente toda comida, so ficou o cabo a sustentar, um pedacinho da fruta.
Olho contente, para o pe de goiaba, e penso como foi bom, o ter plantado no quintal, pois tem servido de alimento, para tantas aves.
Fico ali, olhando toda natureza maravilhosa que me cerca.
Penso.... planeta bonito esse.
Temos de tudo, rios, mares, matas, montanhas, desertos, ceu azul, vento, chuva, sol, lua, estrelas, flores, frutos, bichos.
E falo pra mim mesma, seja la quem for que criou tudo isso, possui sabedoria e amor inigualavel, muito alem do que nos humanos, podemos sequer sentir ou pensar.
Talvez, seja por isso, que o homem tenta achar proposito ate no acaso, como forma de inteligencia criadora.
Ao inves de creditar, a uma mente muito acima da nossa toda essa maravilhosa obra que chamamos de universo.