LUCIANA 
                                                         (OLHANDO A VIDA)
 
 
Quero falar de coisas boas. Mas nem sempre consigo. Ando esquecendo o que são as coisas boas. Na minha estante tem duas grandes fotos lindas da Luciana quando tinha idade de jardim de infância e outra já maiorzinha, quando já tinha idéias próprias, e seu olhar mostra que pensa e deixou de ser bebê. Alegre, divertida e linda sempre foi, como é até agora, aos trinta.

Todo dia olho as fotos estampadas acima da TV e do sofá: passa só coisas boas, alegria e felicidade.

E eu cometo o crime de telefonar pra ela quase todo dia, senão todos. Só ela tem a inteligência, a compreensão e a generosidade de me amar como sou.

Contei pra ela que o irmão veio apanhar o que pedira e me acordou com um beijo, “obrigado Mãe”; e foi para o seu segundo dia do trabalho novo. Bonito, grande, de camisa azul e calça social escura, puro charme, vivendo a sua vida.
Ontem vi e-mail dele e outro igual da EDITORA PENSATA comunicando “livro novo na praça”, no qual ele participa como historiador e escritor Gabriel Martins “falando de EL CID”, o livro se chama:
                      II COLETÂNEA
                      TEXTOS SELETOS
                   poesias, contos e crônicas.
Vou comprar, claro e ele deve estar feliz. Parabéns é o que digo.

Mas voltando ao telefonema da Luciana, avisei que hoje vou pra casa dela e vou entrar na piscina do condomínio dela. Mas ela é tão doce,que escorrego na confiança e digo o que nem pensava, é só o espontâneo que escapa: “sabe aqueles pôsteres de vocês três ao primeiro ano de idade, guardados lá no Catetinho? sempre tive e tenho vontade de pendurar na parede e não me permito fazer isso...”

Oh! Mãe!

Minha filha!

Vou mais tarde praí, um bom dia querida...