GRÊMIO - NÓS SOMOS DA PAZ
Não vou aqui repetir o que todo mundo já disse. Sim, alguns ditos torcedores gremistas fizeram do Beira Rio um palco de guerra digno de uma Beirute, mas repito, não é disto que venho falar agora.
Até porque quem é Gremista de verdade – note bem, Gremista com “G” maiúsculo – vai a um estádio de futebol, seja ele qual for, para se divertir, torcer, entoar cânticos, hinos e gritar o nome Grêmio, que tanto amamos. Nós não queremos brigas ou desordem. Não queremos tumultos e nem confusão. Não desejamos guerras de torcidas. Quem torce de verdade pelo Grêmio ou pelo Inter sabe exatamente do que estou falando. Nós queremos é futebol.
Meu velho amigo – acho que posso chamar meu co-irmão assim depois de tantos anos de rivalidade sadia – não vivemos sem vocês. E nem vocês vivem sem a gente. Grêmio e Internacional. Grenal. Nós, torcedores, também não podemos viver sem este Clássico. E, meu quase centenário amigo, não queremos o mal de vocês nem agora que a gangorra não está nem um pouco a nosso favor. Do alto dos nossos quase 103 anos de uma história de dissabores e tristezas, de louros e glórias, sabemos o quanto é importante para vocês o título da Libertadores. Afinal, nós somos bicampeões. Então, deixo uma dica: se vocês quiserem realmente conquistar este título, joguem com raça, determinação, coragem. Lutem pela bola como se fosse a vida de cada torcedor colorado que dependesse disso. Porque foi assim, numa inesquecível tarde de novembro de 2005, que o Grêmio conquistou uma façanha que os anos jamais apagarão das nossas lembranças. Agora talvez seja a hora de vocês. Com a bola no pé e o coração na ponta da chuteira, conquistamos todos os títulos que vocês tanto cobiçam.
Meu amigo de longa data, boa sorte para ti na Libertadores. E lembre-se: nós somos da paz.