D O R.....................................

DOR

Se sois cristão a dor não vos abate, mas vos conforta, vos anima, vos eleva, vos engrandece.

Jesus, filho de Deus, quis sofrer a dor humana para reabilitá-la e torná-la mais profícua.

Era porém Deus, e toda a sua grandeza está no que havia de voluntário nesse sofrimento.

Maria, porém, é apenas uma mulher.

E MÃE ! .......

Os desfalecimentos d'alma, a paixão, a agonia, as lágrimas, o sofrimento que não há palavra que o descreva, que a pungia acompanhando toda a paixão do Filho Unigênito, desde o pretório por essa via dolorosa que se terminou na cruz donde Ele pendia, não nasceram de nenhuma renúncia à qualidade de Deus, senão que foram sentidas em toda fraqueza de sua condição humana pela mulher e pela mãe, cuja caridade e cujo altruísmo são tamanhos que lhe inspiraram por amor da redenção da humanidade aquela resignação da lágrima muda, que cai do alto do Gólgota pelos séculos em fora, como o bálsamo consolador de todos os corações em chaga.

Se há entre vós, se há na humanidade inteira a ritmia infeliz de uma dor sem consolo, erga ela o espírito e coração até essa tragédia sangrenta, e funda a sua dor na maior dor que jamais houve sobre a terra, na dor de Maria...

Porque tanto quanto a humanidade viva, não haverá sofrimento tão forte que se não amesquinhe, quando o espírito se orientar para esse calvário de redenção...

Bráz Felício Panza

ESSA É UMA PÁGINA DE EXTREMA ESPIRITUALIDADE DE MEU PAI, NOTÁVEL ORADOR, PROFESSOR, ADVOGADO E MAGISTRADO, QUE PASSO ÀS PESSOAS QUE SOFREM PERDAS E ESTÃO VIVENDO TRAUMAS E SOFRIMENTOS. PUBLICO-A PARA AQUELES QUE NECESSITAM DE CONFORTO.

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A dor de Maria, histórica, real e verdadeira, transpõe o tempo para ficar em permanente revelação e unção benéfica e de amor aos seus filhos.

A revelação ou “ato pelo qual Deus fez saber aos homens os seus mistérios”, se demonstra também pelo lado material através da racionalidade e, com sobras.

Como se explicam as aparições da Virgem Maria, autenticadas pela Igreja Católica, fenômenos com rigor analisados pelo Vaticano que sempre os recusa?

É a essência que se revela como forma, materializando-se, revelando-se.

Citamos, para ficarmos somente nos exponenciais, os fenômenos de Lourdes, de Fátima, da Rue du Bac em Paris, onde N.Sra. Das Graças surgiu para a Santa do Silêncio, Santa Catarina Labouré, mandando que ela transmitisse sua mensagem para que fosse cunhada a medalha milagrosa.

Como se explicam os corpos íntegros de vários santos exumados, onde não houve corrupção da matéria, sepultados em terrenos das mais diversas composições químicas, inexistindo explicação científica.

Somente para citar um desses fenômenos, entre muitíssimos, citamos o corpo hígido, íntegro, de Santa Catarina Labouré, visível na Igreja da medalha Milagrosa na Rue du Bac, Paris, com as pupilas azuis e os membros que se movimentavam muitos anos após seu sepultamento, quando da exumação, sem nenhum tratamento químico como avaliado profundamente pela ciência.

Tomás de Aquino elabora a solução definitiva do impasse das relações conflitantes entre a razão e a fé.

São dois pólos científicos: filosofia e teologia.

A primeira alicerça-se no exercício da razão humana; a segunda, na revelação divina.

Entenda-se por revelação divina, como esclarece o excelente dicionarista Houaiss, no verbete “teologia”, o “ato pelo qual Deus fez saber aos homens os seus mistérios, sua vontade”; “conhecimento súbito e espontâneo, brilhante e oportuno, inspiração como que divina; lampejo, iluminação.”

São duas ciências autônomas, portanto, que apresentam, às vezes, o objeto material comum: existência de Deus, fundamento da alma e conseqüências versantes e afins.

A distinção está mais no objeto formal, logo que teologia estuda o dogma pelo método da autoridade ou revelação, ao passo que a filosofia o considera por demonstração científica ou pela razão.

Assim, teologia e filosofia não se põem em conflito, ambas procuram a verdade e esta é uma só.

A revelação é critério da verdade teológica. No caso de uma contradição entre a razão e a revelação, o erro não será nunca da teologia, mas deve ser atribuído à filosofia, pois nossas limitações cognoscitivas racionais desviaram do objeto e não realizaram a verdade.

A teodicéia é a especulação filosófica para provar a existência de Deus, justificativas diante da presença do mal no mundo, defendendo a crença na existência da bondade originada em Deus em oposição aos que duvidam de sua existência e perfeição.

Tomás de Aquino ensina nada estar na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, e a inteligência do Cristo deixou claro para todos o grau máximo dos sentidos, do que ninguém discorda; o amor.

Pode alguém dizer algo em contrário?

Por isso não concebemos de forma clara e distinta a idéia de Deus. Não abordamos pela faceta dos sentidos, da inteligência.

Para provar sua existência, Tomás de Aquino elabora e constrói, partindo da existência dada pelos sentidos e utiliza a metafísica aristotélica, revelando o seu gênio sintético ao demonstrar a existência de Deus de cinco modos, que são as famosas cinco vias, de todos que procuram a Deus, ser de procura, conhecidas.

Maria, Nossa Senhora, Mãe, é berço, conseqüência e seqüência do Filho de Deus; sua dor, a mais pungente já vista, como deixou certo meu saudoso pai, a nada se assemelha em termos de sofrimento

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/02/2010
Reeditado em 05/02/2010
Código do texto: T2070487
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