Mataram o AMOR!

“O amor é sofredor, é agradável, não é perigoso nem maligno; o amor não é invejoso; o amor não é precipitado nem inconstante, não é orgulhoso. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não arde em ciúmes, não se irrita, não suspeita mal; Não se alegra com a injustiça, mas com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O AMOR NUNCA ACABA...”

(Bíblia Sagrada - I coríntios 13: 4-8)

“Os jovens de hoje jamais saberão o que é o amor”. Foi mais ou menos essa a frase que ouvi ao final de um filme (diário de uma louca) que há alguns anos vi.

Com cada coisa que vejo começo a crer que isso realmente é verdade. Hoje está tudo muito liberal, tudo muito prático.

O homem tem progredido na ciência, mas regredido na vivência. Como se ser HUMANO não fosse mais sua essência. Como se sentimentos fossem sinais de fraqueza ou defeito.

Abraçar, andar de mãos dadas, amar, enfim, demonstrar sentimentos passou a ser ultrapassado. Hoje isso são coisas de pessoas imaturas e bobas.

Sonhar com uma história de amor passou a ser característica de gente iludida e ridícula.

Quando falo de amor, não me refiro a essa melação, loucura, obsessão, descaso ou essas baboseiras comuns atualmente.

Houve uma inversão de valores, gente confundindo sentimentos ou não dando a mínima para os dos outros.

E em busca do amor – ou mesmo movidos pelo sexo – as pessoas têm agido exageradamente, tem violado seus princípios e até seu próprio corpo. Não se importam muito em conhecer direito a pessoa com quem estão se relacionando, apenas querem satisfazer seus “hormônios”.

E findamos por ter um mundo cheio de divorciados e de pessoas que não querem casar ou que casam já pensando em deixar tudo ajustado para uma possível separação. A maioria anda desconfiada, muito mais pessoas traem, há cada vez mais sexo casual (aquele de uma noite só), tudo é válido em busca do prazer e praticidade. Nos tornamos imediatistas. Não temos mais paciência para a conquista. Queremos tudo na hora e se tudo não for no nosso tempo e do nosso jeito descartamos a outra pessoa como se fosse um copo plástico. Sem dó nem pena. Até pensamos no próximo, mas é no próximo da fila. Afinal, “a fila anda”. Pra quê lutar por alguém ou por um relacionamento se é bem mais simples partir pra outra? Pra quê casar se a vida de solteiro é bem mais simples? No máximo juntar os “trapos” e ir morar junto, MAS SEM COMPROMISSO!

São esses e mais infinitos outros casos: gente que tem uma gravidez INDESEJADA por causa de um momento DESEJADO, gente que casa somente por uma gravidez que não planejou. Filhos que sofrem com a separação dos pais, gente que trai porque foi traído... gente que desistiu do AMOR por causa de coisas ruins do passado.

Observando o comportamento da maioria das pessoas cada dia mais me convenço de que a velha do filme tem razão: "os jovens de hoje jamais saberão o que é o amor."

Raquel Lima
Enviado por Raquel Lima em 03/02/2010
Código do texto: T2066241
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